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2º Fórum Anual do Cacau

Chocolat Festival

O CHOCOLAT FESTIVAL já é considerado o maior evento de chocolate de origem do Brasil e reúne toda a cadeia produtiva do cacau ao chocolate, derivados, aspectos e manifestações culturais e artísticas em torno desse rico produto agrícola. O festival firma o sul da Bahia como uma das principais regiões produtoras de chocolate de origem do Brasil, bem como promove o turismo e a cultura regional com característica na economia criativa.

Programação

Voltado para consumidores e profissionais da área, o Chocolat Bahia Festival atrai anualmente milhares de visitantes, marcando o calendário turístico do estado e firmando o Sul da Bahia como principal região produtora de chocolate de origem do Brasil. Durante quatro dias, além da venda de chocolates e outros derivados do cacau selecionado, o 11º Chocolat Bahia promove experiências sensoriais, exposições históricas e artísticas, cursos de capacitação, workshops, debates sobre temas do setor e palestras ministradas por especialistas internacionais.

Logo na entrada do pavilhão, o visitante cruzará o Túnel Cabruca, simulação cenográfica e sensorial de uma plantação de cacau sob a sombra da Mata Atlântica. Será possível ver e tocar nos frutos, pisar nas folhas secas, ouvir os sons e sentir o aroma da floresta. Em seguida, outro espaço temático mostra a quebra do cacau, um cocho de fermentação e até uma mini barcaça de secagem das amêndoas.

Entre os destaques desta edição está a Cozinha Show, com workshops de confeitaria e gastronomia à base de chocolate ministrados por grandes chefs do Brasil. Nos cursos, o público poderá aprender com Lucas Corazza (especialista em chocolate formado na França e jurado no programa Que Seja Doce, do canal GNT), Rafael Barros (eleito pela revista Veja o melhor confeiteiro de São Paulo), Tati Benazzi (cake designer e participante da Batalha dos Confeiteiros da Record TV), Karla Leal  (jornalista e chocolatière à frente do ateliê-escola Chokolateria no Rio de Janeiro), Júnior França (consultor e coordenador de eventos gastronômicos com especialização na Espanha), Janaína Suconic (chef confeiteira com formação nacional e internacional e professora de gastronomia da Universidade Paulista), além dos chefs locais André Cabral,  Zilma Helena, Daniela Façanha e Olívia Fernandes, trazendo o melhor da região.

O Fórum do Cacau e o Chocoday trazem palestras proferidas por especialistas nos respectivos temas cacau e chocolate. Entre as apresentações mais disputadas estão as da consultora francesa Chloé Doutre-Roussel, autora do livro The Chocolate Connoisseur e conhecida em todo o mundo como Madame Chocolate. Chloé falará sobre o mercado mundial do cacau e também sobre como utilizar os sentidos para reconhecer um bom chocolate.

O Festival agrega ainda espaço de recreação e minicursos de confeitaria para crianças, a Cozinha Kids, e exposição de bolos confeitados e esculturas de chocolate no Ateliê do Chocolate.

Mais informações: https://bahia.chocolatfestival.com/

A nossa gerente de qualidade, a Dra. Adriana Reis estará presente abordando sobre A Qualidade da Amêndoa e a Excelência do Chocolate às 20h, juntamente com a Dra. Neyde Bello (CEPLAC)

Preservar a floresta é aposta do cacau brasileiro para retomar crescimento do setor

“O Brasil tem descoberto na sustentabilidade ambiental uma forma de tentar ganhar espaço no crescente e competitivo mercado mundial de cacau, principal insumo para a fabricação de chocolate. A expectativa é que a produção mundial do fruto chegue a 4,8 milhões de toneladas no ciclo 2018/19 – 4% a mais do que na safra passada, segundo dados da Organização Internacional do Cacau (ICCO, na sigla em inglês). Hoje, o Brasil detém menos de 5% desse mercado, que majoritariamente está nas mãos dos países africanos – Costa do Marfim (42%) e Gana (20%).

Além do clima tropical favorável, preservar as florestas e rios nas áreas cacaueiras, aliado a boas práticas produtivas, ajuda a aumentar a produtividade e pode fazer a safra brasileira de cacau voltar aos níveis de 2014/15, quando rompemos a barreira dos 5% de participação mundial com 230 mil toneladas da fruta. Por causa disso, colocar o produtor e o meio ambiente no centro dos negócios virou o objetivo das fabricantes mundiais de chocolate. Uma delas é a Mondelēz, dona da Lacta, que tem como meta obter 100% do cacau utilizado nos seus chocolates proveniente de fontes sustentáveis até 2025. Hoje o índice é de 43%. Até o fim do ano, a linha brasileira da Lacta deve ser produzida a partir de cacau sustentável.

O Brasil é o hoje o 6º maior produtor mundial de cacau, com uma área de plantio de 600 mil hectares. “Sem dúvida o país tem todas as condições e oportunidades de ter um papel de destaque no cenário mundial. No Pará, por exemplo, nos últimos 10 anos a produção cresceu de maneira significativa”, afirma Jens Hammer, líder do programa de sustentabilidade Cocoa Life da Mondelēz no Brasil. No estado do Norte brasileiro, a companhia faz um trabalho em parceria com a ONG The Nature Conservancy junto a 130 produtores para incentivar as boas práticas de agricultura.

Já na Bahia, há 75 famílias de produtores que são assistidas pelo Cocoa Life e outras 34 que integram outro projeto, o Renova Cacau. Neste último, a Mondelēz , em parceria com a Universidade de Santa Cruz e o Centro de Inovação do Cacau, fornece informações técnicas sobre as mais recentes ferramentas e práticas agrícolas para aperfeiçoar a produtividade e qualidade da produção, reduzindo o impacto ambiental. Ao todo, os dois projetos devem impactar cerca de 500 produtores no Brasil, segundo a companhia.

O programa Cocoa Life começou em 2012 no Oeste da África, Indonésia, Índia e Brasil e iniciou agora novas ações para avançar em regiões produtoras como Pará e Bahia. “O cacau veio perdendo em produtividade nas últimas décadas e o setor está carente de assistência técnica e de boa genética das plantas. Com isso, há perspectiva de crescer nos próximos anos”, afirma Hammer. Nos ciclos 2015/16, a produção brasileira caiu para 141 mil t e, nos anos seguintes, foi a 174 mil t. Somente com a safra 2017/18 o país ultrapassou a casa das 204 mil t.

“A Bahia é o centro nacional de produção de cacau. No final dos anos 1980 e início dos 90 alguns fatores influenciaram a queda da produtividade. Com os preços baixos do cacau, os produtores retraíram os investimentos e doenças como a vassoura de bruxa avançaram. O produtor nessa época não estava preparado e não havia materiais resistentes à doença. A cultura do cacau virou quase um extrativismo”, explica Hammer.

Forasteiro

O cacau forasteiro, que é a variedade típica amazônica e mais comum no Brasil, cresce à sombra de árvores maiores e coexiste bem em alguns arranjos agroflorestais. A fruta produz durante 2/3 do ano. Na Bahia, o sistema que predomina há pelo menos duzentos anos é o cabruca, no qual se substitui a vegetação menor pelos cacaueiros que ficam cercados pela vegetação natural, de porte maior. Nesse caso, a empresa trabalha junto aos produtores para fazer a renovação das plantas de cacau, substituindo aos poucos as variedades por outras mais resistentes à vassoura de bruxa.

Na propriedade de Robenildo Cordeiro da Silva, 45 anos, que cultiva 18 hectares de cacau em Piraí do Norte, região Leste da Bahia, as boas práticas agrícolas e o cuidado com o meio ambiente têm mostrado resultado. Descendente de uma família que “já nasceu com o dente pregado no cacau”, o produtor hoje colhe em média de 100 arrobas por ha, enquanto que na época do avô tirava-se não mais do que 50 arrobas/ha. O segredo foi a renovação gradual da plantação, trazendo novas mudas para substituir os cacaueiros antigos, pouco produtivos.

“Começamos a renovação há uns 3 anos. As plantas quando chegam a 40, 50 anos vão ficando com as raízes cansadas. Com o apoio do projeto Renova Cacau, trazemos novas mudas clonadas no viveiro e elas são plantadas embaixo das velhas, que acabam servindo de sombra para as novas”, explica Silva, que ainda tem 5 ha da propriedade em que pretende renovar os pés de cacau.

Cada hectare da fazenda tem uma média de 1.111 plantas, o que dá no total quase 20 mil pés de cacau. A expectativa do produtor é atingir uma produtividade de 150 arrobas por ha. “Alguns colegas nossos já estão colhendo 200 arrobas”, conta. O clima quente e chuvoso da região tem ajudado as plantas a se desenvolverem bem. “Antigamente, não se tinha consciência sobre a importância de manter a floresta. Hoje, para se trabalhar com banco, conseguir um empréstimo, você precisa ter a reserva legal de mata”, afirma Silva. Além da vegetação, é preciso conservar a mata ciliar e as nascentes, o que propicia boas condições para o cultivo do cacau.

Segundo Hammer, as boas práticas e a rastreabilidade da cadeia produtiva do chocolate possibilitam às empresas estares em mercados exigentes em relação a aspectos socioambientais e da origem dos produtos, como na Dinamarca, mas podem apontar também para o futuro do setor no Brasil. No caso da Mondelēz, a fábrica só recebe os derivados do cacau (massa, manteiga e pó de cacau). Parceiros, como cooperativas e agroindústrias, fazem o processamento das amêndoas da fruta a partir do que recebem dos produtores e enviam depois para a indústria. Esses parceiros também são envolvidos nos projetos, garantindo assim a rastreabilidade e a assistência técnica adequada a toda a cadeia produtiva.

Mapeamento por GPS

Outra multinacional que adota programas de sustentabilidade em sua cadeia produtiva de cacau é a Cargill. Entre as ações descritas em seu relatório anual de sustentabilidade estão o treinamento em boas práticas agrícolas para mais de 200 mil produtores em todo mundo e o mapeamento por GPS de 188.065 hectares de floresta dentro das propriedades de 110 mil produtores. A ferramenta pode identificar quais áreas correm risco de desmatamento.

No Brasil, onde opera com cacau desde 1979, a companhia informa que vem incrementando suas práticas de sustentabilidade em toda a cadeia produtiva, o que inclui suas três fábricas no país. “Através do nosso programa Cargill Cocoa Promise estamos comprometidos em aumentar o cacau sustentável até 2030, de acordo com a Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Nosso foco está na condução de longo prazo de soluções com nossos parceiros para beneficiar agricultores, suas comunidades e ecossistemas naturais, enquanto aumenta transparência na cadeia de fornecimento de cacau e ajudando as comunidades a prosperar”, diz um trecho do relatório.

Segundo a empresa, 48% do volume de amêndoas de cacau utilizado no Brasil é proveniente de processos sustentáveis certificados, que englobam uma rede de 500 agricultores. Desse total, 148 produtores foram treinados em boas práticas agrícolas e 40% têm suas propriedades monitoradas via GPS. Tudo isso para tentar atingir a meta de desmatamento zero na cadeia de suprimento de cacau nos próximos 11 anos.”

Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/agronegocio/preservar-a-floresta-e-aposta-do-cacau-brasileiro-para-retomar-crescimento-do-setor/
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Castelli Escola de Chocolataria firma parceria com o Centro de Inovação do Cacau – CIC

Laboratório de pesquisas e análises de amêndoas de cacau, o CIC está incubado na Broto Incubadora de Biotecnologia da Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC, em Ilhéus, Bahia. A parceria vai promover um maior intercâmbio entre as duas instituições, fortalecendo a troca de experiências e um maior entendimento da importância de um cacau de qualidade para produção de um chocolate de excelência.


Dessa forma, dando início à parceria, foi lançada a primeira programação de cursos, a serem ofertados pela Castelli Escola de Chocolataria em Ilhéus, na sede do CIC, onde os alunos terão a oportunidade de vivenciar o cultivo e pré-processamento das amêndoas de cacau nas fazendas parceiras, bem como praticar o processamento da amêndoa até a modelagem final da barra de chocolate nos laboratórios de ponta da instituição.


“Acreditamos que a parceria, com essas duas instituições vocacionadas em suas expertises, vem enobrecer nosso país e estimular de forma excepcional este novo mercado do cacau fino e do chocolate de verdade e de origem”, diz Silvana Castelli, diretora da Escola.

Para o Diretor Executivo do CIC, Cristiano Villela, “essa parceria é estratégica para o Centro de Inovação do Cacau, porque ela irá fortalecer ainda mais a cultura empreendedora e inovadora voltada para a cadeia do cacau e do chocolate, além de fazer com que os profissionais formados pela Castelli entendam que um chocolate de excelência passa pela seleção de amêndoas de qualidade. O que tem tudo a ver com o que estamos promovendo aqui no CIC. A busca pela melhoria geral da qualidade do cacau brasileiro, muito baseada em ciência, e na busca de conhecimento”.


Programação:

DA ÁRVORE DO CACAU À BARRA DO CHOCOLATE – 88 horas
Local de realização do curso: Ilhéus/BA

Período:


Turma 1: de 14 a 26 de janeiro de 2019.
Turma 2: de 11 a 23 de fevereiro de 2019.


FORMAÇÃO EM CHOCOLATARIA GOURMET – 208 horas

Local de realização do curso: Ilhéus/BA e Canela/RS


Período:

Início Turma 1: 11 de fevereiro de 2019.
Aulas em semanas com 40 horas de atividades, intercaladas a cada 3
semanas, a exceção das duas primeiras que ocorrem em sequencia.


Mais informações:
www.castelliescolachocolataria.com.br
(54) 3282.1460 | (54) 99629.1474

Um pé de Quê? Cacau

 

Enxerto de Cacau

O enxerto é a união do tecido de duas plantas diferentes, denominadas nesse processo como o enxerto (garfo ou Cavaleiro), e o porta-enxerto (cavalo ou cavalinho). O enxerto é planta vai que vai produzir os frutos do tipo desejado, nesse caso, o cacau. E a segunda planta, é a que a que vai dar o suporte, com o fornecimento de água e nutrientes para que o enxerto cresça adequadamente. As plantas são juntadas para continuarem crescendo como uma só, e o objetivo desse processo é unir as raízes fortes com as copas produtivas, para aumentar a qualidade dos frutos e torná-los mais resistentes às adversidades ambientais.
As plantas são unidas para continuarem crescendo como uma só, e o objetivo desse processo e unir as raízes fortes com a copa produtiva. Este processo pode ser realizado, em geral, por vários motivos, como resistência a doenças e pragas, aumento de produtividade, melhoria da qualidade entre outros. Quer conferir exatamente como faz?
Então se liga no vídeo!

 

É lançado o Comitê Nacional de Qualidade de Cacau Especial do Brasil

Foi criado o Comitê Nacional de Qualidade de Cacau Especial do Brasil, um grupo formado por pesquisadores e especialistas em cacau e chocolate composto por diversas instituições técnicas como CEPLAC, CIC, Olam, Barry entre outras. Este grupo terá como foco a promoção de uma cultura de qualidade voltada para cadeia do cacau, visando fomentar concursos e competições nacionais e regionais.

A presidência do Comitê está com o Diretor Científico do CIC o Dr. Cristiano Villela Dias, tendo com vice-presidente a pesquisadora da CEPLAC, Neyde Alice Bello Marques Perreira e como secretário executivo, Samuel Takashi Saito do Centro de Inovação do Cacau.

 

Avaliadores (Comitê Técnico)

Adriana Reis, CIC

Albertus Eskes – pesquisador

Ana Carolina Silva, Barry-Callebaut

Camila Arcanjo, ABIC

Corrado Meotti, Barry-Callebaut

Danielle Costallat, Olam

Igor Diniz, Nestlé

Neyde Alice Bello Marques Perreira, CEPLAC