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Análises laboratoriais impulsionam produção no sul da Bahia

Inaugurado em 2017, Centro de Inovação do Cacau (CIC) ajuda produtores e chocolateiros com cursos e instalações; primeiras máquinas de chocolate bean to bar na região remontam a 10 anos

Ana Paula Boni, O Estado de S.Paulo

 

A chegada do Centro de Inovação do Cacau (CIC), em 2017, foi determinante para um grande impulso que a região recebeu na melhora do beneficiamento do cacau, dizem vários atores do mercado no sul da Bahia. “A gente começou a trabalhar a qualidade do cacau antes de sair a Indicação Geográfica. Quando chega o CIC, isso estourou. As análises do CIC mostraram que a região ainda não estava fazendo a melhora da qualidade como achava que estava fazendo”, conta Ana Carolina Menezes Argolo, do Sebrae-BA.

A partir de testes de corte, técnicos do CIC analisam índices de fermentação e secagem da amêndoa, entre outros quesitos, e consegue pagar a mais pelo cacau quanto mais alta for sua qualidade. Além de ser uma espécie de certificador, o CIC também dá cursos e terceiriza serviços para pequenas marcas.

Segundo Cristiano Villela, diretor científico do CIC, em dois anos foram atendidos mais de 300 produtores focados em cacau especial, além de terem sido formadas 115 pessoas nos cursos de chocolate bean to bar – hoje são 15 marcas fazendo barras nas instalações do centro.

Neste ano, o CIC também criou um prêmio, em parceria com entidades locais, para escolher as melhores amêndoas do País. Foram seis premiadas, três em cada categoria (varietal e blend). Os primeiros lugares não ficaram com produtores baianos, mas, no caso da categoria varietal, os produtores João Tavares e Rogério Kamei (do chocolate Mestiço) subiram ao pódio.

Segundo Villela, nesta semana o Salão de Paris, prestigioso concurso de cacau mundial, informou que dois dos vencedores do prêmio do CIC, João Tavares (BA) e Elcy Gutzeit (PA), vão concorrer entre as 20 melhores amostras de cacau do mundo em outubro. “Isso fortalece a imagem do cacau brasileiro, como uma origem especial.”

Um dos pioneiros do cacau fino no Brasil, João Tavares ainda não faz nem quer fazer chocolate, mas vende amêndoas para pequenas marcas de chocolate bean to bar como Cacau do Céu (BA), de Marcela Carvalho, e Maria Brigadeiro (SP).

O caminho para o chocolate bean to bar na Bahia

Remonta a cerca de 10 anos a chegada do que podem ser consideradas as primeiras melanger – pequenas máquinas usadas na produção de chocolate bean to bar – de que se tem notícia no sul da Bahia: uma da chocolateira Marcela Carvalho e outra do cacauicultor Fernando Botelho Lima, da fazenda São José, em Barro Preto (BA).

De tradicional família de cacauicultores, Marcela ganhou o equipamento (da marca Cocoa Town) que seu Romildo Tavares, o já falecido pai do produtor João Tavares, trouxe em 2008 dos Estados Unidos. Foi quando ela começou a flertar com o chocolate, quando a cena bean to bar era ainda inexistente por aqui.

Lançou a marca Cacau do Céu em 2011 e, desde lá, adquire amêndoas de produtores de cacau fino como João Tavares. Apenas em 2018, resolveu ir para o campo e fazer cursos para entender de beneficiamento de cacau.

Já Fernando queria usar a melanger (também Cocoa Town) para testar (e atestar) a qualidade do seu cacau, que vinha desenvolvendo inclusive com certificações orgânicas. Tempos depois de ele e sua mulher, Aurea Maria Viana Lima, tocarem sozinhos a fazenda, a filha Patrícia Viana Lima vem se juntar aos dois e lança, em 2012, a marca de chocolate Modaka.

Cacau do Céu e Modaka têm outras coisas em comum: ambas são colegas desde 2014 na Chocosul (Associação de Produtores de Chocolate do Sul da Bahia) e depois, desde 2017, na Associação Bean to Bar Brasil.

Outros associados são coincidentes nas duas entidades, como Pedro Magalhães (VAR), Juliana e Tuta Aquino (Baianí) e Rogério Kamei (Mestiço), essas últimas três marcas compostas por baianos fazendo chocolate com amêndoas de suas fazendas (tree to bar). São nomes como esses pequenos empreendedores que ganharam reconhecimento no País para impulsionar não só a melhora do beneficiamento do cacau, mas também chocolates de alta qualidade – porque não adianta apenas ser bean to bar.

 

 

Rogério Kamei, da fazenda Bonança (BA) e dos chocolates Mestiço, ao lado do gerente da fazenda, Carlinhos. Foto: Ana Paula Boni/Estadão

Hoje, são 20 associados na Chocosul, com marcas como também Benevides, Maltez, Coroa Azul e Maia. Já na Bean to Bar Brasil hoje são 18, incluindo Luisa Abram, Mission, Gallette, Chokolah, Amma e Dengo. Em dois anos, as marcas da Bean to Bar abocanharam, com suas barras de alta qualidade, 63 prêmios nacionais e internacionais.

“A gente tem levado essa paixão pelo bean to bar na coragem, porque não há um retorno financeiro condizente com essa paixão e com a dedicação profissional de todos. A gente também é movido pela tradição da região, pelas famílias, pela infância nas fazendas de cacau”, conta Juliana Aquino.

VIAGEM A CONVITE DA ASSOCIAÇÃO BEAN TO BAR BRASIL

 

 

Juliana Aquino, da marca de chocolate Baianí, na estufa de secagem de amêndoas da sua fazenda Vale Potumujú. Foto: Ana Paula Boni/Estadão

(Fonte: Estadão)

Chocolat Festival

O CHOCOLAT FESTIVAL já é considerado o maior evento de chocolate de origem do Brasil e reúne toda a cadeia produtiva do cacau ao chocolate, derivados, aspectos e manifestações culturais e artísticas em torno desse rico produto agrícola. O festival firma o sul da Bahia como uma das principais regiões produtoras de chocolate de origem do Brasil, bem como promove o turismo e a cultura regional com característica na economia criativa.

Programação

Voltado para consumidores e profissionais da área, o Chocolat Bahia Festival atrai anualmente milhares de visitantes, marcando o calendário turístico do estado e firmando o Sul da Bahia como principal região produtora de chocolate de origem do Brasil. Durante quatro dias, além da venda de chocolates e outros derivados do cacau selecionado, o 11º Chocolat Bahia promove experiências sensoriais, exposições históricas e artísticas, cursos de capacitação, workshops, debates sobre temas do setor e palestras ministradas por especialistas internacionais.

Logo na entrada do pavilhão, o visitante cruzará o Túnel Cabruca, simulação cenográfica e sensorial de uma plantação de cacau sob a sombra da Mata Atlântica. Será possível ver e tocar nos frutos, pisar nas folhas secas, ouvir os sons e sentir o aroma da floresta. Em seguida, outro espaço temático mostra a quebra do cacau, um cocho de fermentação e até uma mini barcaça de secagem das amêndoas.

Entre os destaques desta edição está a Cozinha Show, com workshops de confeitaria e gastronomia à base de chocolate ministrados por grandes chefs do Brasil. Nos cursos, o público poderá aprender com Lucas Corazza (especialista em chocolate formado na França e jurado no programa Que Seja Doce, do canal GNT), Rafael Barros (eleito pela revista Veja o melhor confeiteiro de São Paulo), Tati Benazzi (cake designer e participante da Batalha dos Confeiteiros da Record TV), Karla Leal  (jornalista e chocolatière à frente do ateliê-escola Chokolateria no Rio de Janeiro), Júnior França (consultor e coordenador de eventos gastronômicos com especialização na Espanha), Janaína Suconic (chef confeiteira com formação nacional e internacional e professora de gastronomia da Universidade Paulista), além dos chefs locais André Cabral,  Zilma Helena, Daniela Façanha e Olívia Fernandes, trazendo o melhor da região.

O Fórum do Cacau e o Chocoday trazem palestras proferidas por especialistas nos respectivos temas cacau e chocolate. Entre as apresentações mais disputadas estão as da consultora francesa Chloé Doutre-Roussel, autora do livro The Chocolate Connoisseur e conhecida em todo o mundo como Madame Chocolate. Chloé falará sobre o mercado mundial do cacau e também sobre como utilizar os sentidos para reconhecer um bom chocolate.

O Festival agrega ainda espaço de recreação e minicursos de confeitaria para crianças, a Cozinha Kids, e exposição de bolos confeitados e esculturas de chocolate no Ateliê do Chocolate.

Mais informações: https://bahia.chocolatfestival.com/

A nossa gerente de qualidade, a Dra. Adriana Reis estará presente abordando sobre A Qualidade da Amêndoa e a Excelência do Chocolate às 20h, juntamente com a Dra. Neyde Bello (CEPLAC)

Convite – Programa para Melhoria da qualidade do cacau e chocolate

Um convite para você que tem interesse no tema Cacau e Chocolate de Qualidade! Muito conhecimento e experiência para ser partilhada!

Preservar a floresta é aposta do cacau brasileiro para retomar crescimento do setor

“O Brasil tem descoberto na sustentabilidade ambiental uma forma de tentar ganhar espaço no crescente e competitivo mercado mundial de cacau, principal insumo para a fabricação de chocolate. A expectativa é que a produção mundial do fruto chegue a 4,8 milhões de toneladas no ciclo 2018/19 – 4% a mais do que na safra passada, segundo dados da Organização Internacional do Cacau (ICCO, na sigla em inglês). Hoje, o Brasil detém menos de 5% desse mercado, que majoritariamente está nas mãos dos países africanos – Costa do Marfim (42%) e Gana (20%).

Além do clima tropical favorável, preservar as florestas e rios nas áreas cacaueiras, aliado a boas práticas produtivas, ajuda a aumentar a produtividade e pode fazer a safra brasileira de cacau voltar aos níveis de 2014/15, quando rompemos a barreira dos 5% de participação mundial com 230 mil toneladas da fruta. Por causa disso, colocar o produtor e o meio ambiente no centro dos negócios virou o objetivo das fabricantes mundiais de chocolate. Uma delas é a Mondelēz, dona da Lacta, que tem como meta obter 100% do cacau utilizado nos seus chocolates proveniente de fontes sustentáveis até 2025. Hoje o índice é de 43%. Até o fim do ano, a linha brasileira da Lacta deve ser produzida a partir de cacau sustentável.

O Brasil é o hoje o 6º maior produtor mundial de cacau, com uma área de plantio de 600 mil hectares. “Sem dúvida o país tem todas as condições e oportunidades de ter um papel de destaque no cenário mundial. No Pará, por exemplo, nos últimos 10 anos a produção cresceu de maneira significativa”, afirma Jens Hammer, líder do programa de sustentabilidade Cocoa Life da Mondelēz no Brasil. No estado do Norte brasileiro, a companhia faz um trabalho em parceria com a ONG The Nature Conservancy junto a 130 produtores para incentivar as boas práticas de agricultura.

Já na Bahia, há 75 famílias de produtores que são assistidas pelo Cocoa Life e outras 34 que integram outro projeto, o Renova Cacau. Neste último, a Mondelēz , em parceria com a Universidade de Santa Cruz e o Centro de Inovação do Cacau, fornece informações técnicas sobre as mais recentes ferramentas e práticas agrícolas para aperfeiçoar a produtividade e qualidade da produção, reduzindo o impacto ambiental. Ao todo, os dois projetos devem impactar cerca de 500 produtores no Brasil, segundo a companhia.

O programa Cocoa Life começou em 2012 no Oeste da África, Indonésia, Índia e Brasil e iniciou agora novas ações para avançar em regiões produtoras como Pará e Bahia. “O cacau veio perdendo em produtividade nas últimas décadas e o setor está carente de assistência técnica e de boa genética das plantas. Com isso, há perspectiva de crescer nos próximos anos”, afirma Hammer. Nos ciclos 2015/16, a produção brasileira caiu para 141 mil t e, nos anos seguintes, foi a 174 mil t. Somente com a safra 2017/18 o país ultrapassou a casa das 204 mil t.

“A Bahia é o centro nacional de produção de cacau. No final dos anos 1980 e início dos 90 alguns fatores influenciaram a queda da produtividade. Com os preços baixos do cacau, os produtores retraíram os investimentos e doenças como a vassoura de bruxa avançaram. O produtor nessa época não estava preparado e não havia materiais resistentes à doença. A cultura do cacau virou quase um extrativismo”, explica Hammer.

Forasteiro

O cacau forasteiro, que é a variedade típica amazônica e mais comum no Brasil, cresce à sombra de árvores maiores e coexiste bem em alguns arranjos agroflorestais. A fruta produz durante 2/3 do ano. Na Bahia, o sistema que predomina há pelo menos duzentos anos é o cabruca, no qual se substitui a vegetação menor pelos cacaueiros que ficam cercados pela vegetação natural, de porte maior. Nesse caso, a empresa trabalha junto aos produtores para fazer a renovação das plantas de cacau, substituindo aos poucos as variedades por outras mais resistentes à vassoura de bruxa.

Na propriedade de Robenildo Cordeiro da Silva, 45 anos, que cultiva 18 hectares de cacau em Piraí do Norte, região Leste da Bahia, as boas práticas agrícolas e o cuidado com o meio ambiente têm mostrado resultado. Descendente de uma família que “já nasceu com o dente pregado no cacau”, o produtor hoje colhe em média de 100 arrobas por ha, enquanto que na época do avô tirava-se não mais do que 50 arrobas/ha. O segredo foi a renovação gradual da plantação, trazendo novas mudas para substituir os cacaueiros antigos, pouco produtivos.

“Começamos a renovação há uns 3 anos. As plantas quando chegam a 40, 50 anos vão ficando com as raízes cansadas. Com o apoio do projeto Renova Cacau, trazemos novas mudas clonadas no viveiro e elas são plantadas embaixo das velhas, que acabam servindo de sombra para as novas”, explica Silva, que ainda tem 5 ha da propriedade em que pretende renovar os pés de cacau.

Cada hectare da fazenda tem uma média de 1.111 plantas, o que dá no total quase 20 mil pés de cacau. A expectativa do produtor é atingir uma produtividade de 150 arrobas por ha. “Alguns colegas nossos já estão colhendo 200 arrobas”, conta. O clima quente e chuvoso da região tem ajudado as plantas a se desenvolverem bem. “Antigamente, não se tinha consciência sobre a importância de manter a floresta. Hoje, para se trabalhar com banco, conseguir um empréstimo, você precisa ter a reserva legal de mata”, afirma Silva. Além da vegetação, é preciso conservar a mata ciliar e as nascentes, o que propicia boas condições para o cultivo do cacau.

Segundo Hammer, as boas práticas e a rastreabilidade da cadeia produtiva do chocolate possibilitam às empresas estares em mercados exigentes em relação a aspectos socioambientais e da origem dos produtos, como na Dinamarca, mas podem apontar também para o futuro do setor no Brasil. No caso da Mondelēz, a fábrica só recebe os derivados do cacau (massa, manteiga e pó de cacau). Parceiros, como cooperativas e agroindústrias, fazem o processamento das amêndoas da fruta a partir do que recebem dos produtores e enviam depois para a indústria. Esses parceiros também são envolvidos nos projetos, garantindo assim a rastreabilidade e a assistência técnica adequada a toda a cadeia produtiva.

Mapeamento por GPS

Outra multinacional que adota programas de sustentabilidade em sua cadeia produtiva de cacau é a Cargill. Entre as ações descritas em seu relatório anual de sustentabilidade estão o treinamento em boas práticas agrícolas para mais de 200 mil produtores em todo mundo e o mapeamento por GPS de 188.065 hectares de floresta dentro das propriedades de 110 mil produtores. A ferramenta pode identificar quais áreas correm risco de desmatamento.

No Brasil, onde opera com cacau desde 1979, a companhia informa que vem incrementando suas práticas de sustentabilidade em toda a cadeia produtiva, o que inclui suas três fábricas no país. “Através do nosso programa Cargill Cocoa Promise estamos comprometidos em aumentar o cacau sustentável até 2030, de acordo com a Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Nosso foco está na condução de longo prazo de soluções com nossos parceiros para beneficiar agricultores, suas comunidades e ecossistemas naturais, enquanto aumenta transparência na cadeia de fornecimento de cacau e ajudando as comunidades a prosperar”, diz um trecho do relatório.

Segundo a empresa, 48% do volume de amêndoas de cacau utilizado no Brasil é proveniente de processos sustentáveis certificados, que englobam uma rede de 500 agricultores. Desse total, 148 produtores foram treinados em boas práticas agrícolas e 40% têm suas propriedades monitoradas via GPS. Tudo isso para tentar atingir a meta de desmatamento zero na cadeia de suprimento de cacau nos próximos 11 anos.”

Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/agronegocio/preservar-a-floresta-e-aposta-do-cacau-brasileiro-para-retomar-crescimento-do-setor/
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Palestra: O Novo Cenário Econômico e Perspectiva para o Agro Brasileiro

O Novo Cenário Econômico e Perspectiva para o Agro Brasileiro” será o tema da próxima palestra do projeto Agro em Pauta Bahia que, dessa vez, leva à cidade de Ilhéus, na Região Cacaueira, o palestrante Alysson Paolinelli, ex-Ministro da Agricultura e atual presidente executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (ABRAMILHO). O evento, que é gratuito, acontece no próximo dia 15 de maio, no Auditório Hélio Reis, do Centro de Pesquisas do Cacau (Cepec/Ceplac), localizado no Km 22 da rodovia Ilhéus-Itabuna (BR-415).
Realizado pelo Sistema FAEB/SENAR, em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Agro em Pauta Bahia foi criado para dar aos produtores e empreendedores rurais e profissionais ligados ao setor agropecuário a chance de discutir o novo cenário do agronegócio do Brasil, dando destaque à realidade baiana.

As inscrições podem ser feitas através do site (http://www.sistemafaeb.org.br)

O projeto

O Agro em Pauta Bahia tem como proposta fomentar a discussão junto aos sindicatos e produtores rurais, buscando alternativas para o desenvolvimento do setor no mercado interno e internacional, em meio a um novo momento de transformação política, social, ética e econômica enfrentada pelo país.

Palestrante

Com vasta experiência e notório conhecimento no contexto político, econômico e social do cenário do agronegócio brasileiro, Alysson Paolinelli possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal de Lavras (MG), sendo um dos responsáveis pela criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e pelo desenvolvimento do Proálcool.
Foi Secretário de Agricultura de Minas Gerais por três vezes. Na primeira, em 1971, criou incentivos e inovações tecnológicas que tornaram o estado de Minas Gerais o maior produtor de café do Brasil. Também foi ministro da Agricultura no governo de Ernesto Geisel, de 15 de março de 1974 a 15 de março de 1979. Nesse período, Paolinelli modernizou a Embrapa e promoveu a ocupação econômica do Cerrado.
Após deixar o ministério, foi presidente do Banco do Estado de Minas Gerais, Deputado Constituinte e presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Em 2006, ganhou o prêmio World Food Prize – premiação equivalente ao Nobel da alimentação, dado a pessoas que ajudaram consideravelmente a população a melhorar a qualidade, quantidade ou disponibilidade de alimentos no mundo.
Atualmente é presidente executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (ABRAMILHO) e diretor da Verde AgriTech desde 2014.

Sobre a Palestra

O quê?: Palestra “O Novo Cenário Econômico e Perspectiva para o Agro Brasileiro”
Quando?: 15 de maio
Onde?: no Auditório Hélio Reis, do Centro de Pesquisas do Cacau (Cepec/Ceplac), localizado no Km 22 da rodovia Ilhéus-Itabuna (BR-415)
Quem?: O palestrante será o Alysson Paulinelli, ex-Ministro da Agricultura e atual presidente executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (ABRAMILHO)
Quanto?: Evento gratuito

Curso “Bean to Bar – Um universo de Inspirações”

Será realizado neste mês de fevereiro o Curso “Bean to Bar – Um universo de Inspirações” . O evento contará com a facilitadora Ângela de Lucco, diretora e mestre da Academia Italiana de Belluno.

Dia 26:  Seleção de Amêndoas:Torra Nibs
Moagem “Modicano Chocolate”:Inclusões (Aroma) .

Dia 27: Aromatização com Especiarias Secas: Infusões na manteiga de cacau
Teoria da temperagem e sua influência no produto final: Temperando Chocolate  e mão

Bean to Bar e suas inspirações Moldes: erros comuns e suas soluções.

Informações e Inscrições

Sebrae Ilhéus – Telefone: (73) 3634 – 4068 Endereço: Av. Osvaldo Cruz, 74, Edf. Premier Business – Cidade Nova

La Lis Chocolateria – Telefone: (73) 99973 – 3663

Estrutura de Mercado de Chocolates no Sul da Bahia

A Dra. Mônica Pires (DCEC/UESC) conta um pouco sobre o projeto Identificação da Estrutura de Mercado de Chocolates no Sul da Bahia. Ela, em conjunto com o estudante de engenharia de produção, Paulo Dantas discutem a importância desse projeto, e ainda identificam as marcas de Chocolate que utilizam Cacau Sul da Bahia.


Nos últimos anos, muitos produtores de cacau têm buscado agregar valor à amêndoa, ampliando sua cadeia produtiva e competitividade, inserindo-se na produção de chocolate direcionada a nichos de mercados mais exigentes na forma de produzir e no teor de cacau no chocolate. Nesse contexto, está crescendo o mercado de chocolate do Sul da Bahia, nos últimos cinco anos, explorando estratégias de mercado como chocolate fino, de origem, paisagem local (Mata Atlântica) dentre outras, a fim de construir uma identidade regional. Diante desse cenário, se insere a pesquisa do projeto intitulado Identificação da Estrutura de Mercado de Chocolates no Sul da Bahia, o qual visa caracterizar e analisar a produção de chocolate nessa região, identificando a estrutura de mercado, as estratégias de comercialização, a forma de produção, os tipos de produto, os mercados destino e a quantidade de marcas presentes nesse mercado.

Por Paulo Dantas e Profº Dra. Mõnica.