Projeto que aumenta quantidade de cacau no chocolate aguarda votação na CAE

Projeto que aumenta quantidade de cacau no chocolate aguarda votação na CAE

Proposto pela senadora Lídice da Mata (PSB-BA), o projeto de lei do Senado (PLS) 93/2015 aguarda, atualmente, votação na na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa. A matéria propõe o aumento da quantidade de cacau no chocolate produzido no Brasil. Segundo a proposta, o produto, para ser chamado de chocolate, deverá conter 35% de cacau na sua composição, a exemplo do que já acontece na Europa.

O PLS define, ainda, a porcentagem de cacau ou de manteiga de cacau para que um produto seja considerado cacau em pó (20% de manteiga de cacau), cacau solúvel (25% de cacau), chocolate em pó (32% de cacau), chocolate ao leite (25% de cacau e 14% de leite ou leite condensado), chocolate branco (20% de manteiga de cacau e 14% de leite ou leite condensado), chocolate fantasia (menos de 20% de cacau) e bombom de chocolate (recheio diferente da cobertura e 40% de chocolate).

De acordo com a senadora baiana, o projeto pretende aprimorar a qualidade dos chocolates consumidos no Brasil, estimular a cacauicultura brasileira e aumentar a competitividade do produto no mercado internacional. “O número de 35% parte de um princípio que é referência no mercado internacional”, explicou a parlamentar.

O relator da matéria, senador Flexa Ribeiro (PSDB), apresentou voto favorável ao projeto, lembrando que a iniciativa aumentará a procura pelo cacau e deve incentivar os produtores, principalmente os agricultores familiares. Caso seja aprovado na CAE, o PLS segue para as comissões de Meio Ambiente e Defesa do Consumidor.

Fonte: Mercado do Cacau

CEPLAC recebe apoio e reivindicações das Entidades representativas dos produtores

CEPLAC recebe apoio e reivindicações das Entidades representativas dos produtores

Representantes das diversas Associações de Produtores regionais reuniram na sede regional da CEPLAC/MAPA, com o Superintendente em exercício, Antonio Zugaib, com o objetivo de unificar esforços na elaboração de um projeto de fortalecimento da Instituição que contemple todos os segmentos da cacauicultura.

Participaram da reunião os seguintes representantes: Guilherme Moura (Vice-Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado Bahia – FAEB); Milton Andrade (Presidente do Sindicato Rural de Ilhéus); José Carlos Maltez (Associação dos Produtores de Cacau-APC); Ricardo Gomes (Instituto Arapyaú); Guilherme Galvão (APC e Sindicato Rural de Barro Preto); Roberto Arléo (Presidente da União em Defesa da Propriedade-UDP); Ruy Carlos Souza (Somos Todos Cacau-STC); Solange Dalmeidas; Benedito Tinoco; Edvaldo José Pinheiro e Maria Teresa Pondé.

O presidente do Sindicato Rural de Ilhéus, Milton Andrade, explicou os motivos do encontro e da Moção de apoio à continuidade dos trabalhos do superintendente em exercício. “Precisamos repensar com urgência a CEPLAC para que Ela nos apresente um projeto de uma nova CEPLAC, mais moderna, mais enxuta e com uma visão de futuro para cumprir a sua missão que é atender as necessidades do produtor rural”.

Andrade foi enfático, “Queremos participar junto na construção desse projeto que será elaborado pela CEPLAC e previsto para ser apresentado até o final do mês de abril para que possamos avaliar e ver o que é preciso ser modificado”.

Quanto à moção de apoio ao atual superintendente, o presidente do Sindicato Rural de Ilhéus, justificou, “Antonio Zugaib, é um profissional competente da Ceplac, com grandes trabalhos realizados na Instituição e uma pessoa que tem um trânsito saudável com produtores rurais há muitos anos”.

Ele observou que “para esse momento precisamos de uma efetivação de Antonio Zugaib para o cargo de superintendente na Bahia para que ele possa dar um encaminhamento ao processo de reestruturação da CEPLAC que foi tratado nessa reunião”,

O vice-presidente da FAEB, Guilherme Moura, avaliou positivamente o encontro na superintendência da CEPLAC. “Muito proveitoso essa reunião, pois a CEPLAC é um órgão de grande importância para a nossa região cacaueira e precisamos melhorar sua atuação”.

Ele acrescentou ainda: “Entendemos que a Ceplac tem que mudar, tem que se transformar e se modernizar, esse é o discurso consensual aqui, mas também acreditamos firmemente que ela é fundamental para o desenvolvimento regional futuro, daí essa discussão com a superintendência quais são os projetos futuros e como o produtor pode contribuir com essa construção”.

“Esse projeto tem que ser criado com muita rapidez e que ele possa de fato apresentar de forma bastante contundente a visão de futuro para que toda sociedade regional possa apoiá-lo e sensibilizar o governo federal nesse novo momento. Por isso fizemos uma grande defesa para que o cacau volte à pauta no Ministério da Agricultura como um assunto prioritário”.

Ele fez questão de observar também que “a FAEB é uma instituição que representa os produtores e nós somos os clientes da CEPLAC, consequentemente um plano construído com a nossa participação terá o apoio da Federação Nacional da Agricultura que é ligada a Confederação Nacional da Agricultura. Esse apoio institucional é fundamental nesse processo de convencimento”.

Com relação à Moção de apoio ao atual superintendente o dirigente da FAEB justificou: “Ele é um servidor de carreira da CEPLAC, uma pessoa que tem diversos serviços prestados a nossa região. Com essa Moção sinalizamos que Zugaib é uma pessoa que goza da nossa confiança na condução desse processo”.

Ao final, ressaltando sua condição de dirigente da FAEB e produtor, Moura deixou uma mensagem de otimismo. “A CEPLAC sem sombra de dúvidas é uma instituição fundamental para o futuro da região cacaueira. O funcionalismo da Ceplac e o produtor de cacau pertencem à mesma família e nós temos uma relação simbiótica, por isso temos que continuar juntos construindo o futuro dessa região, pois um não existe sem o outro”.

O Superintendente Antonio Zugaib, agradeceu a manifestação de apoio aos trabalhos desenvolvidos por ele e disse que não medirá esforços para atender o pleito dos produtores visando o fortalecimento da CEPLAC e da cacauicultura regional.

Na oportunidade, Zugaib citou a criação do Parque Científico e Tecnológico do Sul da Bahia-PCTSul e a inauguração do Centro de Inovação do Cacau-CIC, como exemplos alcançados fruto da união de todos os segmentos dos produtores. “A criação desses equipamentos foi uma prova evidente de confiança e sinergia dos entes envolvidos”.

Assessoria de Comunicação da Ceplac

Príncipe Charles recorre ao chocolate para combater desmatamento

 

(Bloomberg) – A nova campanha ambiental do príncipe Charles tem um sabor mais doce.

O herdeiro do trono britânico, famoso por divulgar sua pegada de carbono, está recorrendo ao chocolate para ajudar a proteger as florestas do planeta. Em uma reunião na quinta-feira, organizada por sua International Sustainability Unit, 12 das principais empresas de cacau e chocolate, como Mars e Cargill, se comprometeram a acabar com o desmatamento que assola a África Ocidental.

A inciativa também envolve os governos dos principais países produtores, Costa do Marfim e Gana, onde grandes quantidades de cacau são cultivadas em terras inadequadas ambientalmente, disse Richard Scobey, presidente da Fundação Mundial do Cacau, em entrevista, em Londres. O Ministério das Florestas da Costa do Marfim estima que cerca de 80 por cento das florestas do país desapareceram desde os anos 1970.

“Durante os últimos 50 anos, cerca de metade das florestas tropicais do mundo se perderam, em grande parte por causa de transgressões agrícolas”, disse Scobey. “Quatro grandes commodities foram os motores do desmatamento: soja, azeite de dendê, madeira e gado. No entanto, no caso da África Ocidental, sem dúvida o cacau foi um motor significativo.”

Commodities como cacau, café e azeite de dendê são a base das economias da África Ocidental há décadas. Como os preços do cacau superaram os de outros cultivos em vários anos até 2015, isso estimulou a produção, o que em muitos casos ocorreu às custas das florestas.
“O setor privado tem que desempenhar um papel de fundamental importância para salvar as florestas restantes, particularmente ao lidar com o desmatamento que muitas vezes, infelizmente, foi associado às redes mundiais de abastecimento de commodities”, disse o príncipe Charles, em um discurso, na quinta-feira, em Londres.

Ações concretas

A iniciativa, que terá ações concretas esboçadas antes de um anúncio final em novembro, chega em um momento em que o aumento da produção e a desaceleração da demanda levaram os preços a caírem 35 por cento em relação ao pico registrado em julho, o valor mais alto em seis anos. Se a demanda não corresponder a rendimentos melhores isso poderia colocar em risco a renda de milhões de produtores que já são pobres. As vendas mundiais de chocolate caíram 2,3 por cento no período de três meses finalizado em novembro, informou a principal processadora de cacau Barry Callebaut em janeiro, citando a empresa de análise Nielsen.

Autoridades governamentais de países consumidores como Reino Unido, Alemanha e Holanda também compareceram ao evento. Os portos holandeses são a porta de entrada para o cacau que chega à Europa e o país se comprometeu a usar apenas cacau sustentável a partir de 2025.

Empresas como Blommer Chocolate, The Hershey Co. e Barry Callebaut também se comprometeram com a iniciativa. Embora o foco esteja na Costa do Marfim e em Gana, o empenho poderia acabar incluindo outras regiões cacaueiras na África subsaariana, no Sudeste Asiático e na América Latina. Fonte: UOL

Exportações brasileiras crescem 25% na segunda semana de março

Exportações brasileiras crescem 25% na segunda semana de março

Na segunda semana de março, a balança comercial brasileira teve superávit de US$ 1,725 bilhão, resultado de exportações de US$ 4,868 bilhões e importações de US$ 3,142 bilhões. No mês, as exportações chegam a US$ 7,268 bilhões e as importações, a US$ 4,848 bilhões, com saldo positivo de US$ 2,420 bilhões. No acumulado do ano, os embarques ao exterior somam US$ 37,649 bilhões e as compras externas são de US$ 27,950 bilhões, com saldo positivo de US$ 9,699 bilhões.

Semana
Pela média da segunda semana (US$ 973,6 milhões), as vendas externas tiveram crescimento de 21,7% sobre a média da primeira semana do mês (US$ 800 milhões). Os valores foram influenciados, principalmente, pelo aumento das exportações nas três categorias de produtos: básicos (+31,2% de crescimento, influenciado por petróleo em bruto, soja em grão, minério de cobre, farelo de soja, café em grão), semimanufaturados (+19,3%; ouro em formas semimanufaturadas, celulose, açúcar em bruto, óleo de soja, ferro fundido bruto e ferro spiegel) e manufaturados (+11%; tubos flexíveis de ferro/aço, veículos de carga, aviões, partes de motores e turbinas para aviação, açúcar refinado).

Nas importações, pela média diária da segunda semana (US$ 628,5 milhões) em comparação com a média da primeira semana (US$ 568,5 milhões), foi registrado um crescimento de 10,6%. O aumento é explicado, sobretudo, pelo aumento nos gastos com combustíveis e lubrificantes, adubos e fertilizantes, cereais e produtos da indústria da moagem, químicos orgânicos e inorgânicos, instrumentos de ótica e precisão.

Mês
Nas exportações, comparadas as médias até a segunda semana de março deste ano (US$ 908,5 milhões) com a média registrada em março do ano passado (US$ 726,8 milhões), foi verificado um crescimento de 25%, em razão do aumento nas vendas das três categorias de produtos: básicos (+43,1% de crescimento, em razão, principalmente de minério de ferro, petróleo em bruto, soja em grão, farelo de soja, carne suína e de frango, minério de cobre), semimanufaturados (+13,6%; semimanufaturados de ferro e aço, ouro em formas semimanufaturadas, ferro-ligas, borracha sintética e artificial, couros e peles) e manufaturados (+7,1%, por conta de automóveis de passageiros, veículos de carga, óleos combustíveis, produtos laminados planos de ferro/aço, tubos de ferro fundido).

Em relação ao mês anterior (fevereiro de 2017) houve crescimento de 5,7% nos embarques, em virtude do aumento nas vendas de produtos básicos (+17,4%). Nesta comparação, caíram as vendas de produtos semimanufaturados (-11%) e manufaturados (-2,5%).

Nas importações, a média diária até a segunda semana deste mês (US$ 606 milhões), ficou 15,3% acima da média de março do ano passado (US$ 525,5 milhões). Cresceram os gastos, principalmente, com equipamentos eletroeletrônicos (+43,8%), siderúrgicos (+36,3%), plásticos e obras (+31,9%), químicos orgânicos/inorgânicos (+24,1%), combustíveis e lubrificantes (+17,8%). Na comparação com fevereiro de 2017, a média diária das importações manteve-se constante, com destaque para os aumentos em plásticos e obras (+29,6%), veículos automóveis e partes (+23,1%) e equipamentos eletroeletrônicos (+13,9%) e as quedas em farmacêuticos (-37,2%) e combustíveis e óleos lubrificantes (-34,5%).

Fonte: Mercado do Cacau

Banco do Brasil adere ao Agro+, programa do Ministério da Agricultura

O Banco do Brasil passou a adotar na carteira de crédito agrícola o Plano Agro+, encampado pelo Ministério da Agricultura e que visa à desburocratização de procedimentos no setor. A informação foi passada na sexta-feira (10/3), pelo próprio ministério. “Entre os produtos oferecidos pelo Banco do Brasil aos produtores rurais destacam-se o Custeio Agrícola Digital, o Investe Agro, o GeoMapa Rural e o Extrato de Financiamento, possibilitando maior agilidade no acesso ao crédito agrícola”, acrescentou a pasta. Para acelerar a análise de crédito, o BB lançou o custeio agrícola digital, oferecido inicialmente em feiras agropecuárias, como a Expodireto Cotrijal, realizada até a sexta-feira em Não-me-Toque (RS). O sistema permite o encaminhamento de propostas de contratação de crédito via celular.

Já o Investe Agro é uma linha de investimento simplificada, para financiar sem limitação de crédito máquinas e equipamentos novos e usados importados para a formação de lavouras permanentes. O GeoMapa, por sua vez, que também faz parte do Agro+, é um aplicativo que permite ao produtor captar e enviar ao banco as coordenadas geodésicas de área a ser plantada. “As coordenadas são necessárias para obter financiamento junto à instituição”, diz o ministério. “Já o Extrato de Financiamento visa possibilitar consulta também pelo celular sobre operações com detalhamento de liberações, pagamentos e saldo devedor”, finalizou.

Rondônia
O ministro Blairo Maggi vai lançar o Plano Agro+ em mais um Estado, desta vez em Rondônia, conforme informou o ministério. Na segunda-feira (13/3), Maggi estará em Porto Velho para o evento. A Agricultura informa que este é o terceiro Estado – após Rio Grande do Sul e São Paulo – a aderir ao Agro+, lançado em agosto de 2016. Fonte: Estadão

Sistema FAEB vai iniciar palestras sobre renegociação de dívidas para auxiliar produtores baianos

Sistema FAEB vai iniciar palestras sobre renegociação de dívidas para auxiliar produtores baianos

Começa na próxima semana o ciclo de palestras voltadas para os produtores rurais da Bahia, que vai esclarecer todas as dúvidas sobre renegociação de dívidas com base na Lei 13.340/16. A primeira palestra acontece no dia 14 de março, a partir das 9h, na Câmara de Vereadores do município de Itaberaba, localizada no semiárido baiano. Na mesma semana, ainda na região, acontecem as palestras dos municípios de Senhor do Bonfim, dia 16, na sede da Cooperativa Mista Agropecuária da cidade, e de Serrinha, no dia 17, no auditório da UNEB, Campus XI, ambas com início às 9h. As palestras, que sempre serão gratuitas, vão acontecer em todas as regiões do território baiano e a próxima a ser contemplada é a sudoeste.

Entenda a nova Lei: Com a Lei 13.340/16, os produtores terão até 31 de dezembro de 2017 para liquidar ou renegociar suas dívidas. O benefício foi ampliado para os produtores com dívidas contratadas até 31/12/2011, situados em toda a área da SUDENE, que tenham débitos de qualquer valor, quando contratadas com recursos do FNE e recursos mistos do FNE e outras fontes (BNB). Lembrando que em operações contratadas com outras fontes (sem FNE) o benefício é limitado ao valor contratado até R$ 200mil. Fonte: Faeb