Indicação Geográfica

Segundo o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), a Indicação Geográfica (IG) é usada para identificar a origem de produtos ou serviços quando o local tenha se tornado conhecido ou quando determinada característica ou qualidade do produto ou serviço se deve a sua origem. No Brasil, ela tem duas modalidades: Denominação de Origem (DO) e Indicação de Procedência (IP). A legislação brasileira prevê para produtos e serviços agropecuários duas espécies de proteção como Indicação Geográfica (Lei n° 9279/96 – LPI, artigos 177 a 179).
Aqui no Sul da Bahia, a Associação dos Produtores de Cacau do Sul da Bahia – ACSB, busca o reconhecimento para as amêndoas de cacau da região, presente em 83 municípios em uma área de aproximadamente 61.460 km².
Um dos fundadores do projeto e dono dos chocolates Maltez, José Maltez explica que os produtores de cacau buscam destacar o produto:
“É uma vantagem você ter o selo, o que garante uma qualidade padronizada frente aos outros cacaus e produtos advindos dele. O cacau produzido no Sul da Bahia tem característica própria, é produzido próximo da Mata Atlântica e conserva a biodiversidade e a fauna do local”, explicou Maltez.

A IG é uma alternativa para o desenvolvimento do território, contribuindo para a agregação de valor à cadeia produtiva e ao comércio local e regional, mas ela por si só não é capaz de desenvolver uma região, depende de outros fatores e deve estar aliada neste caso, por exemplo, ao turismo, pois irá compor a cesta de serviços oferecidos ao turista.

Além dessas vantagens a Indicação Geográfica promove inúmeros outros benefícios, sociais, ecônomicos e ambientais, como ilustrado na figura abaixo:

Principais resultados esperados:

Cenário econômico:

 Potencializar um produto e sua marca, exaltando suas características particulares fazendo deste algo diferente do standard (bulk), tendo um reconhecimento e valorização no mercado. Afirmando a qualidade do produto cacau regional;

 Aumento de arrecadação do ICMS, consequentemente do repasse aos municípios;

 Potencializar a economia regional e a atividade turística, devido a maior valorização do produto e a potencialização da fama e boa reputação regional.

Cenário ambiental:

 Motivar a preservação do sistema cabruca, este que preserva parte da floresta nativa em consorcio com o cultivo do cacau, preservando boa parte do eco sistema e da biodiversidade natural da Mata Atlântica no sul da Bahia.

Cenário cientifico e tecnológico:

 Difusão tecnológica facilitando o acesso a tecnologia e inovações a zonas rurais estagnadas em um processo produtivo defasado.

 Desse modo, a aprovação da Indicação Geográfica representa um marco para a nossa região, passando a valorizar um produto que tem um papel de extrema importância na nossa economia, história e cultura.

Sobre a ACSB:

Fundada em 15 de abril de 2014, para certificar a origem e procedência do Cacau Sul Bahia, controlando os critérios de qualidade e viabilizando programas para agregar valor à região, através de seus atrativos naturais, culturais e gastronômicos. É formada por representantes de 14 cooperativas, associações e instituições setoriais importantes para a cadeia do cacau e atualmente representa mais de 3000 produtores de cacau do Sul da Bahia.
E-mail: contato@cacausulbahia.org
Fontes: Correio 24hrs

Indicação Geográfica do Cacau do Sul da Bahia

Confira com Cristiano Sant’ana, diretor da Associação Cacau Sul da Bahia, o que consiste a Indicação Geográfica e os benefícios que ela trará para a nossa região.

Curso de Produção de Chocolate Bean-to-bar

 
O Centro de Inovação do cacau – CIC é uma iniciativa do Parque Cientifico e Tecnológico do Sul da Bahia (PCTSB) e tem como foco ser um elo entre os produtores e o mercado, auxiliando no fortalecimento da cadeia. O CIC atua como um laboratório de analises físico-química e sensorial de cacau e chocolate e possui um banco de dados que valida a importância da qualidade para promoção do desenvolvimento sustentável dos biomas de cacau do Brasil. O objetivo do CIC é promover as origens de cacau brasileira, comprovando de forma técnica a identidade deste produto tão singular e auxiliando os produtores na qualificação e agregação de valor ao produto. Promovendo a qualidade, rastreabilidade, verticalização e a inovação tecnológica dos produtos de cacau e seus derivados.
Com o intuito de capacitar interessados em aprender sobre: cacau, qualidade, tecnologia de produção de chocolate artesanais em pequena escala e sensorial de chocolates de alto teor. O presente curso trará especialistas da área que possuem grande bagagem nos temas abordados. Esta iniciativa visa formar egressos capazes de realizar o consumo consciente de chocolate de alto valor nutricional e elaborar chocolates a partir de amêndoas de cacau em pequenas escala, inclusive em nível, caseiro a partir de eletrodomésticos e pequenas melangers.

OBJETIVO:
✓ Compreender a importância da qualidade do cacau para a produção do chocolate artesanal;
✓ Os conceitos do mercado bean to bar;
✓ Produção em pequena escala de chocolates artesanais;
✓ Técnicas de torra, refino, conchagem, cristalização e moldagem do chocolate;
✓ A jornada do sabor do cacau ao chocolate.

PÚBLICO-ALVO: produtores de chocolate, confeiteiros, chefs e interessados em
geral em geral.

CARGA HORÁRIA: 16 horas
DATA: 25 e 26 de janeiro de 2018
PROFESSORA CONVIDADA:

Claudia Schultz: 
Socióloga formada pela USP, trabalha com chocolates há mais de 20 anos, é fundadora e proprietária da CHoKolaH e criadora do método ChocoScience. O método ChocoScience consiste em tornar os conceitos científicos envolvidos na fabricação do chocolate acessíveis à qualquer interessado. Cláudia foi estudar o processamento de cacau quando ainda era estudante: Ela e um estudante do MIT se voluntariaram para elaborar um plano de negócios para aumentar o valor agregado do cacau dos cooperados da Coopasb, responsáveis pela primeira exportação de cacau orgânico brasileiro. Infelizmente o projeto não foi implantado. Mas Cláudia se apaixonou por tudo aquilo e nunca mais parou de estudar e de trabalhar com chocolates. Fez todos os cursos de chocolate do Ital (Instituto de tecnologia de Alimentos), comprou e leu todos os livros que encontrou pela frente, viajou para a Suiça atrás de mais e mais informações. “Eu pesquisava e me perguntava sempre porque o Brasil não tem uma cultura do chocolate, porque as nossas fábricas direcionam os seus produtos para o consumo popular, porque temos que importar chocolates de qualidade de países que não
plantam cacau”.

LOCAL: Centro de Inovação do Cacau – CIC

NÚMEROS DE VAGAS: 15 alunos

 

CIC participa do 1º Encontro Ampliado da Rede de Agroecologia Povos da Mata

No dia 09 e 10 de novembro, foi realizado o 1º Encontro Ampliado da Rede de Agroecologia Povos da Mata. O evento contou com oficinas, palestras, feira de sabores e saberes e ainda muita cultura. Além disso,  abriu as portas para que mais pessoas possam conhecer o trabalho da Rede de Certificação Participativa.

CIC participa do 1º Encontro Ampliado da Rede de Agroecologia Povos da Mata

No dia 09 e 10 de novembro, foi realizado o 1º Encontro Ampliado da Rede de Agroecologia Povos da Mata. O evento contou com oficinas, palestras, feira de sabores e saberes e ainda muita cultura. Além disso,  abriu as portas para que mais pessoas possam conhecer o trabalho da Rede de Certificação Participativa.

O Centro de Inovação do Cacau esteve presente e também colaborou com a difusão de saberes ligados ao cacau e ao desenvolvimento desse mercado.  Adriana,  gerente de qualidade do CIC trouxe informações sobre cacau de qualidade, indicações geográficas, tipos de cacau e também claro, sobre o papel do CIC nesse mercado.

A instância, além de oferecer serviços laboratoriais de análises das amêndoas ainda atua no sentido de fomentar o desenvolvimento dessa economia através de capacitações, oficinas, cursos, palestras e a própria plataforma Fórum do Cacau, na divulgação de conhecimentos ligados ao fruto.

Fundação Banco do Brasil POVOS DA MATA

 

Quer conhecer um pouco mais sobre a Rede de Agroecologia Povos da Mata???

Vídeo elaborado em 2017 pela Fundação Banco do Brasil para apresentação no PRÊMIO FUNDAÇÃO BANCO DO BRASIL DE TECNOLOGIA SOCIAL.

Esse prêmio foi criado em 2001 e é o principal instrumento de identificação e certificação de tecnologias sociais que compõem o BANCO DE TECNOLOGIAS SOCIAIS – BTS, disponível no site da Fundação Banco do Brasil (www.fbb.org.br).

Realizado a cada dois anos, o Prêmio tem por objetivo identificar, certificar, premiar e difundir tecnologias sociais já aplicadas, implementadas em âmbito local, regional ou nacional, que sejam efetivas na solução de questões relativas a alimentação, educação, energia, habitação, meio ambiente, recursos hídricos, renda e saúde. Em 8 (oito) edições realizadas, de 2001 a 2015, foram recebidas 6285 inscrições e concedidos mais de R$ 3,8 milhões em premiações destinadas ao aprimoramento das tecnologias sociais vencedoras.

Fortaleza Cacau Cabruca é consolidada no Sul da Bahia

Fortaleza do Cacau Cabruca

As Fortalezas são projetos do movimento internacional Slow Food* iniciados em 1999, para ajudar os pequenos produtores a resolver suas dificuldades, reunindo produtores isolados e conectando-os com mercados alternativos, com a valorização adequada dos seus produtos.

Existem inúmeras Fortalezas espalhadas por todo o mundo e cada uma é centrada em um produto. Revecca Tapie, facilitadora do Slow Food na região nordeste, aborda que  no Sul da Bahia é trabalhado com Cacau Cabruca desde 2013 e que neste ano está sendo consolidada a Fortaleza do Cacau Cabruca, que envolve principalmente agricultura familiar. Ela ainda destaca que pra fortalecer a linha do Slow Food, embasado pelo viés de alimentos bons limpos e justos, são proporcionadas diversas oficinas, onde acontecem muitas trocas de experiências e conhecimentos, tanto na parte teórica como na parte prática.

Inúmeras associações e grupos são formados com a finalidade de fomentar o desenvolvimento da cultura cacaueira e, sobretudo, do cacau de qualidade, com a valorização do fruto e de toda  a história agregada a ele e essa Fortaleza também cultiva o mesmo objetivo. Pela ascensão da nossa região e da nossa história enquanto polo produtivo de cacau,  o Centro de Inovação do Cacau apoia a divulgação de todos os envolvidos nesse processo!

*Fundado por Carlo Petrini em 1986, o Slow Food se tornou uma associação internacional sem fins lucrativos em 1989. Atualmente conta com mais de 100.000 membros e tem escritórios na Itália, Alemanha, Suíça, Estados Unidos, França, Japão e Reino Unido, e apoiadores em 150 países.

O princípio básico do movimento é o direito ao prazer da alimentação, utilizando produtos artesanais de qualidade especial, produzidos de forma que respeite tanto o meio ambiente quanto as pessoas responsáveis pela produção, os produtores.

Slow Food opõe-se à tendência de padronização do alimento no Mundo, e defende a necessidade de que os consumidores estejam bem informados, se tornando co-produtores.

Saiba mais acessando o site www.slowfoodbrasil.com