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Prestação de Contas do Concurso Nacional de Qualidade de Cacau Especial do Brasil

I Concurso Nacional de Qualidade de Cacau Especial do Brasil mostrou o potencial do nosso País, com 6 amostras selecionadas e premiadas, promovendo a integração da cadeia com participação de mais de 54 inscritos de todas as regiões produtoras. Acreditamos que com a participação das processadoras, auxiliando na divulgação e captação de mais amostras, podemos ter uma adesão ainda maior para uma segunda edição.

Temos a certeza que esse ano podemos fazer uma evento com a participação de toda a cadeia, reconhecendo o papel importante que cada uma dos senhores e senhoras possuem na melhoria da qualidade do cacau brasileiro e na busca por uma cadeia cada vez mais sustentável.

Buscando oferecer total transparência nos investimentos para o Concurso, bem como apresentar os patrocinadores, apoiadores e respectivos patrocínios e valores investidos, segue abaixo um documento com a prestação de contas:

Prestação-de-contas-I-Concurso.pdf

 

Confira um pouco mais da 1º Edição do Concurso Nacional de Qualidade de Cacau Especial do Brasil:

 

Concurso promove qualidade de cacau do Brasil

Para impulsionar a excelência na produção cacaueira e colocar o País na rota dos cacaus finos do mundo, entidades do setor organizaram o I Concurso Nacional de Qualidade de Cacau do País

O universo do cacau no Brasil vive uma “revolução”. A nova fase vem sendo impulsionada por dois fatores. O primeiro é o movimento “Bean to Bar”, em que o fabricante controla todas as etapas desde a escolha da amêndoa até a fabricação da barra de chocolate. E o segundo é a crescente demanda, por parte dos consumidores, por chocolates finos. Trata-se de produtos com aromas e sabores que variam de acordo com o tipo do cacau e do “terroir”, nome dado ao conjunto de características de solo e clima de uma determinada região, que garante à matéria-prima particularidades únicas devido à procedência. Com o objetivo de reconhecer os produtores que fazem um trabalho de excelência, o Comitê Nacional de Qualidade de Cacau Especial do Brasil realizou no mês passado o I Concurso Nacional de Qualidade de Cacau do Brasil. “Se fizer um paralelo com o café, é o mesmo processo que o produto vivenciou com a BSCA”, diz Cristiano Villela, presidente do Comitê.

Ele se refere à Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA, na sigla em inglês), entidade criada em 1991 por um grupo de cafeicultores, que passou a promover cursos e concursos que alavancaram o preço dos cafés de qualidade no Brasil. A história da cacauicultura nacional está no mesmo processo desde que as amêndoas de João Tavares, produtor baiano, ganharam o primeiro prêmio no Salão do Chocolate de Paris. “A aposta no cacau de qualidade é para agregar valor à produção”, diz Villela.

Ainda hoje, na Bolsa de Nova York, o cacau brasileiro é taxado como ruim e chega a ter uma depreciação. A má fama é oriunda da crise da cultura na Bahia, quando a vassoura-de-bruxa, doença causada por um fungo, dizimou a produção nacional, uma das maiores do mundo na época. Os concursos são uma maneira de construir uma nova história e remunerar melhor o produtor que faz um trabalho diferenciado. “Enquanto o cacau commodity está em torno de US$ 2,8 mil a tonelada, o cacau fino é vendido por mais de US$ 5 mil, e há relatos de empresas que pagam acima de US$ 12 mil”, diz o presidente do comitê, um grupo formado por pesquisadores e especialistas em cacau e chocolate oriundos de instituições como Comissão Executiva da Lavoura Cacaueira (Ceplac), Centro de Inovação do Cacau (CIC) e fabricantes como Olam e Barry Callebaut.

A primeira edição do concurso recebeu 54 amostras de amêndoas, que passaram por três avaliações. A primeira fase testa a qualidade e seleciona as melhores por meio de análises físico-químicas. Na segunda etapa, a matéria-prima passa por uma avaliação sensorial feita por um grupo técnico (peso 70%). Por fim, um grupo composto por chocolatiers e chefs de cozinha degusta o produto (peso 15%). Há ainda um questionário de sustentabilidade, que o produtor envia junto com amostra (peso 15%). A nota final é a somatória dessas etapas.

Márcia Fonseca, produtora da Fazenda Santa Clara, em Linhares (SP), foi a vencedora da categoria varietal. “Foi uma grande surpresa e motivo de muita felicidade disputar com a elite da cacauicultura nacional e ser agraciado com a primeira colocação”, diz Emir Macedo Filho, marido de Márcia. Segundo ele, a variedade vencedora, SJ02, é uma planta que precisa de mais nutrientes para se desenvolver, o que demanda mais insumos, como fertilizantes e outros. “Mas também é muito produtiva e tem um sabor frutado e notas de especiarias que encantam os apreciadores e especialistas”, diz.

Amostras de amêndoas dos seis vencedores (vide box), três na categoria varietal – uma única variedade – e três na categoria blend – mistura de variedades –, foram enviadas para o Salão do Chocolate de Paris, cuja premiação acontece nos últimos meses do ano. E, a partir de maio, os produtores interessados poderão enviar matérias-primas para o II Concurso Nacional de Qualidade de Cacau do Brasil. O recebimento vai até outubro, e a premiação deverá ocorrer por volta de março do próximo ano.

VENCEDORES DO I CONCURSO

Categoria Varietal

1º Márcia Fonseca – Faz. Santa Clara / ES – Variedade SJ02

2º Rogério Kamei – Faz. Bonança / BA – Variedade BN34

3º João Tavares – Faz. Leolinda / BA – Variedade Catongo

Categorial Blend

1º Ervino Gutzeit – Faz. Panorama / PA

2º Elci Gutzeit – Faz. Bom Tempo / PA

3º Gleibe Luís – Faz. Maria Glória / BA

Fonte Matéria/Imagem: Estadão

Resultado da fase final do Concurso acontecerá nessa Sexta-feira (22)

 

Nessa sexta feira dia 22 de fevereiro às 17h, em Ilhéus, será divulgado  o Resultado da fase final do 1° Concurso Nacional de Qualidade de Cacau Especial do Brasil. Lançado em 17 de setembro de 2018 o concurso contou com a participação de 53 cacauicultores das principais regiões  produtoras, como Bahia, Pará e Espírito Santo.  A  competição foi dividida em 3 etapas e teve como jurados, importantes membros da cadeia produtiva do cacau e  chocolatiers consagrados nacionalmente.

O Concurso é uma iniciativa conjunta da cadeia de cacau apoiada pela Barry Callebaut, Mondelez, Harald, Dengo do Brasil, GrainPro, Instituto Arapyaú, SEBRAE, FAEB e executada  pela Centro de Inovação do Cacau em parceria com a CEPLAC, PCTSB e a Câmara Setorial do Cacau do Brasil.

Segundo Cristiano Villela, Diretor-executivo do CIC e presidente do Comitê, o  1º Concurso Nacional de Cacau Especial do Brasil é um marco para a cacauicultura brasileira, incentivando a melhoria da qualidade e da sustentabilidade na produção de cacau especial no Brasil.  Nessa edição, a arroba de cacau premiada vai receber 5 mil reais em premiações.