Publicado o registro de Indicação Geográfica de Cacau do Sul da Bahia (IG)
/0 Comentários/em Outras Notícias /por Camille Carradore
O Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) concedeu hoje, dia 30 de janeiro, o registro de indicação geográfica (IG), na espécie indicação de procedência (IP), para o produto Amêndoas de Cacau (Theobroma cacao L.) do Sul da Bahia. A IG foi concedida em nome da Associação dos Produtores de Cacau do Sul da Bahia.
Segundo Fabrício Welge, advogado e mestre em propriedade intelectual, a IG tem por finalidade garantir proteção aos produtos oriundos dessas regiões. E traz também, uma ferramenta de desenvolvimento territorial, em que promove uma valorização da região. Esse documento representa um marco para a região, que agora passará a ser reconhecida nacionalmente como produtora e provedora de cacau de qualidade.
Dentro do contexto SulBaiano, Cristiano San’tana, diretor da Associação Cacau Sul da Bahia, aponta que a Indicação Geográfica é um processo que vem sendo discutido há mais dez anos e nesse período, diversas ações voltadas para a sensibilização desse tema foram realizadas a fim de divulgar a importância dessa conquista.
Os seguintes municípios fazem parte da Indicação de Procedência de cacau no Sul da Bahia: Aiquara. Alcobaça, Almadina, Apuarema, Arataca. Aurelino Leal, Barra do Rocha, Barro Preto, Belmonte, Boa Nova, Buerarema, Caatiba, Camacan, Camamú, Canavieiras, Coaraci, Cravolândia, Dário Meira, Eunápolis, Firmino Alves, Floresta Azul, Gandú, Gongogi, Guaratinga, Ibicaraí, Ibicuí, Ibirapitanga, Ibirataia, Igrapiúna, Iguaí, Ilhéus, Ipiaú. Itabela, Itabuna, Itacaré, Itagi, Itagibá, Itagimirim, Itaju do Colónia, Itajuípe, Itamaraju, ltamari, Itambé, Itanhém, Itapé, Itapebi, Itapitanga, Itororó, Ituberá, Jaguaquara, lequié, Jiquiriçá, Jitaúna, Jucuruçu, Jussari, Laje, Maraú, Mascote, Mucuri, Mutuípe, Nilo Peçanha, Nova Canaã, Nova Ibiá, Nova Viçosa, Pau Brasil, Pirai do Norte, Porto Seguro, Potiraguá, Prado, Presidente Tancredo Neves, Santa Cruz Cabráiia, Santa Cruz da Vitória, Santa Luzia, São José da Vitória, Taperoá, Teolândia, Ubaíra, Ubaitaba, Ubatã, Una, Uruçuca, Valença, e Wenceslau Guimarães.
O Fórum do cacau celebra com toda a região mais essa conquista, que promete definitivamente colaborar com o desenvolvimento social, ambiental e econômico do nosso estimado território cacaueiro.
Quer saber mais sobre assunto? Confira no vídeo:
Você pode também acessar: http://nit.uesc.br/ig/ onde você pode ter acesso à um banco de trabalhos com títulos relacionados a essa temática!
Texto assinado por : Camille Carradore
Indicação Geográfica
/0 Comentários/em Outras Notícias /por Camille CarradoreSegundo o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), a Indicação Geográfica (IG) é usada para identificar a origem de produtos ou serviços quando o local tenha se tornado conhecido ou quando determinada característica ou qualidade do produto ou serviço se deve a sua origem. No Brasil, ela tem duas modalidades: Denominação de Origem (DO) e Indicação de Procedência (IP). A legislação brasileira prevê para produtos e serviços agropecuários duas espécies de proteção como Indicação Geográfica (Lei n° 9279/96 – LPI, artigos 177 a 179).
Aqui no Sul da Bahia, a Associação dos Produtores de Cacau do Sul da Bahia – ACSB, busca o reconhecimento para as amêndoas de cacau da região, presente em 83 municípios em uma área de aproximadamente 61.460 km².
Um dos fundadores do projeto e dono dos chocolates Maltez, José Maltez explica que os produtores de cacau buscam destacar o produto:
“É uma vantagem você ter o selo, o que garante uma qualidade padronizada frente aos outros cacaus e produtos advindos dele. O cacau produzido no Sul da Bahia tem característica própria, é produzido próximo da Mata Atlântica e conserva a biodiversidade e a fauna do local”, explicou Maltez.
A IG é uma alternativa para o desenvolvimento do território, contribuindo para a agregação de valor à cadeia produtiva e ao comércio local e regional, mas ela por si só não é capaz de desenvolver uma região, depende de outros fatores e deve estar aliada neste caso, por exemplo, ao turismo, pois irá compor a cesta de serviços oferecidos ao turista.
Além dessas vantagens a Indicação Geográfica promove inúmeros outros benefícios, sociais, ecônomicos e ambientais, como ilustrado na figura abaixo:
Principais resultados esperados:
Cenário econômico:
Potencializar um produto e sua marca, exaltando suas características particulares fazendo deste algo diferente do standard (bulk), tendo um reconhecimento e valorização no mercado. Afirmando a qualidade do produto cacau regional;
Aumento de arrecadação do ICMS, consequentemente do repasse aos municípios;
Potencializar a economia regional e a atividade turística, devido a maior valorização do produto e a potencialização da fama e boa reputação regional.
Cenário ambiental:
Motivar a preservação do sistema cabruca, este que preserva parte da floresta nativa em consorcio com o cultivo do cacau, preservando boa parte do eco sistema e da biodiversidade natural da Mata Atlântica no sul da Bahia.
Cenário cientifico e tecnológico:
Difusão tecnológica facilitando o acesso a tecnologia e inovações a zonas rurais estagnadas em um processo produtivo defasado.
Desse modo, a aprovação da Indicação Geográfica representa um marco para a nossa região, passando a valorizar um produto que tem um papel de extrema importância na nossa economia, história e cultura.
Sobre a ACSB:
Fundada em 15 de abril de 2014, para certificar a origem e procedência do Cacau Sul Bahia, controlando os critérios de qualidade e viabilizando programas para agregar valor à região, através de seus atrativos naturais, culturais e gastronômicos. É formada por representantes de 14 cooperativas, associações e instituições setoriais importantes para a cadeia do cacau e atualmente representa mais de 3000 produtores de cacau do Sul da Bahia.
E-mail: contato@cacausulbahia.org
Fontes: Correio 24hrs
Indicação Geográfica do Cacau do Sul da Bahia
/0 Comentários/em Outras Notícias /por Camille CarradoreCurso de Produção de Chocolate Bean-to-bar
/1 Comentário/em Outras Notícias /por Camille CarradoreOBJETIVO:
✓ Compreender a importância da qualidade do cacau para a produção do chocolate artesanal;
✓ Os conceitos do mercado bean to bar;
✓ Produção em pequena escala de chocolates artesanais;
✓ Técnicas de torra, refino, conchagem, cristalização e moldagem do chocolate;
✓ A jornada do sabor do cacau ao chocolate.
geral em geral.
CARGA HORÁRIA: 16 horas
Claudia Schultz: Socióloga formada pela USP, trabalha com chocolates há mais de 20 anos, é fundadora e proprietária da CHoKolaH e criadora do método ChocoScience. O método ChocoScience consiste em tornar os conceitos científicos envolvidos na fabricação do chocolate acessíveis à qualquer interessado. Cláudia foi estudar o processamento de cacau quando ainda era estudante: Ela e um estudante do MIT se voluntariaram para elaborar um plano de negócios para aumentar o valor agregado do cacau dos cooperados da Coopasb, responsáveis pela primeira exportação de cacau orgânico brasileiro. Infelizmente o projeto não foi implantado. Mas Cláudia se apaixonou por tudo aquilo e nunca mais parou de estudar e de trabalhar com chocolates. Fez todos os cursos de chocolate do Ital (Instituto de tecnologia de Alimentos), comprou e leu todos os livros que encontrou pela frente, viajou para a Suiça atrás de mais e mais informações. “Eu pesquisava e me perguntava sempre porque o Brasil não tem uma cultura do chocolate, porque as nossas fábricas direcionam os seus produtos para o consumo popular, porque temos que importar chocolates de qualidade de países que não
plantam cacau”.
LOCAL: Centro de Inovação do Cacau – CIC
NÚMEROS DE VAGAS: 15 alunos