As Fortalezas são projetos do Movimento Slow Food iniciado em 1999, para ajudar os pequenos produtores a resolver suas dificuldades, reunindo produtores isolados e conectando-os com mercados alternativos, mais sensíveis a sua situação e que valorizam os seus produtos.
Para que um produto passe do catalogo da
Arca do Gosto à Fortaleza, é preciso fazer contato direto com produtores que compartilhem os valores e a filosofia do Slow Food e tenham motivação para desenvolver o projeto.
Em alguns casos, mudanças estruturais são necessárias: construção de uma unidade de processamento, renovação da estrutura, etc. Ocorre também, casos em que um único projeto não é suficiente, e diferentes ações devem ser planejadas para que possam manter uma cadeia de produção específica. Os projetos das Fortalezas estão focados em uma área geográfica específica, um território. Podem, por exemplo, envolver desde um único produtor de queijo (talvez o último detentor de um método para fazer um queijo específico) até milhares de agricultores familiares.
São mais de 200 Fortalezas na Itália, protegendo uma vasta gama de produtos diferentes. Com as primeiras 75 Fortalezas internacionais o universo do Slow Food expandiu-se para incluir a biodiversidade do mundo – do Arroz Bario da Malásia, passando pela baunilha Mananara de Madagascar, o café da Guatemala e o Queijo Oscypek polonês.
As Fortalezas são projetos concretos de desenvolvimento da qualidade dos produtos nos territórios, envolvendo diretamente os pequenos produtores, técnicos e entidades locais. São pequenos projetos dedicados a auxiliar grupos
de produtores artesanais e preservar os produtos artesanais de qualidade.
As estratégias das Fortalezas variam conforme os projetos e os produtos, e vão desde aproximar produtores, coordenar a promoção e estabelecer guias de autenticidade, a um investimento direto em equipamentos para os produtores. As Fortalezas Slow Food visam conservar um produto tradicional ou uma técnica de produção em risco de extinção. E também preservar paisagens rurais ou ecossistemas através de sustentabilidade ambiental e socioeconômica, garantindo a viabilidade futura para os produtos tradicionais.
Segundo Valentina Bianco, Diretora do movimento Slow Food da América Latina, existem atualmente, cerca 400 fortalezas e 3 delas têm como foco a produção de cacau, e a fortaleza do cacau do Sul da Bahia vai ser a 4º a ser implantada. E essa é a primeira vez que o movimento Slow Food se compromete a trabalhar com o Sistema Cabruca.
Fonte: http://www.slowfoodbrasil.com/fortalezas