Tendências de Mercado na Chocolataria

Mirian Rocha, chef chocolatier, conta pra gente o que ensinou no curso de Chocolataria do CIC e também falou sobre as tendências de mercado nesse setor. Quer saber mais? Confira no vídeo!

 

Palestra Os desafios das IGs no Brasil

Será realizado neste dia 01 de março, a palestra, Os desafios das IGs no Brasil, a partir das 9h, no Auditório do Centro de Inovação do Cacau, localizado na UESC. A palestrante será a ex-coordenadora do setor de IGs no INPI, Dra. Lúcia Fernandes.

A palestra tem como objetivo mostrar quais são os desafios comumente encontrados pelas Indicações Geográficas de todo o Brasil e quais são as possíveis soluções para conseguir, através da efetivação dessa Indicação, um polo econômico próspero.

Selo de Indicação Geográfica agrega valor ao cacau do sul da Bahia

A conquista do Selo de Indicação Geográfica continua sendo comemorada pelos produtores de cacau do sul da Bahia. Na manhã desta segunda-feira, dia 5, o diretor executivo da Associação Cacau Sul da Bahia, Cristiano Sant’ana, falou sobre o assunto, durante entrevista ao comunicador Vila Nova, apresentador do programa O Tabuleiro, na Ilhéus FM (105,9).

De acordo com Cristiano, o selo reconhece características únicas da produção de cacau na região, sendo resultado de um trabalho de pelo menos 10 anos. Ainda de acordo com o diretor, o selo agrega valor ao cacau e chocolate produzido, estando em consonância com o perfil dos atuais consumidores, que não buscam apenas o produto, mas também a sua história.

Durante a entrevista, Cristiano revelou acreditar que a conquista do selo colocou o cacau sul baiano no patamar de outros produtos detentores do selo, como o café do cerrado e o queijo canastra. Segundo ele, os trabalhos da Associação agora se concentram em uma maior aproximação com os produtores e com o trade turístico, este último, pela possibilidade de contribuir para o desenvolvimento econômico da região.

Ouça a íntegra da entrevista

https://www.4shared.com/mp3/KRUHZgX8ei/ENTREVISTA_CRISTIANO_SANTANA_0.html

Fonte: www.otabuleiro.com.br

Tecnologia de Secagem para o Cacau

Um grupo de pesquisa da Universidade Estadual de Santa Cruz propõe uma inovação nos métodos de secagem das amêndoas de cacau , buscando acelerar o tempo de duração dessa secagem, e também ter mais controle  nesse processo através de um secador vertical solar e rompendo com as tecnologias tradicionais ainda utilizadas massivamente.

A secagem tradicional ocorre em barcaças, onde as amêndoas são dispostas
horizontalmente. Nesse caso, é frequente a utilização de lenha na secagem, o que pode comprometer a qualidade do grão, quando é absorvido a fumaça. Outros problemas também encontrados nessa tecnologia diz respeito a  não uniformidade da secagem e a inexistência de controles de temperaturas.

Secador Vertical – Protótipo

Por conta dessas adversidades existentes no sistema barcaça,  é proposto pelo grupo,  um secador vertical solar, que garante temperaturas controladas e com fluxo de calor uniforme por todo o sistema. Além disso, o tempo de secagem também é reduzido e a área de ocupação é otimizada, em relação à barcaça.

O sistema vertical é composto por bandejas sobrepostas, no qual a   alimentação é realizada pela parte superior e o grão seco é retirado pela parte inferior, esta movimentação é possível devido ao sistema de alavancas. No topo da torre há uma saída de ar, que permite a exaustão do sistema e o controle da temperatura (LIMA; SALES, 2015).

O secador tem um protótipo em uso para testes finais. Temos um financiamento futuro, FAPESB, para construir seis em uma fazenda em Barro Preto-BA. E a previsão de venda é para novembro de novembro de 2018. Isso se deve ao uso de tecnologia autônoma que resolvemos colocar no secador. Dessa forma, o secador será totalmente controlado por computador.

Tecnologia de Secagem do Cacau

 

 

Um grupo de pesquisa da UESC busca apresentar uma nova tecnologia de secagem do cacau que garante temperaturas controladas e uniformes além de uma redução do período de secagem das amêndoas! Quer saber mais? Confira no vídeo!

Publicado o registro de Indicação Geográfica de Cacau do Sul da Bahia (IG)

 

O Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) concedeu hoje, dia 30 de janeiro, o registro de indicação geográfica (IG), na espécie indicação de procedência (IP), para o produto Amêndoas de Cacau (Theobroma cacao L.) do Sul da Bahia. A IG foi concedida em nome da Associação dos Produtores de Cacau do Sul da Bahia.

Segundo Fabrício Welge, advogado e mestre em propriedade intelectual,  a IG tem por finalidade garantir proteção aos produtos oriundos dessas regiões. E traz também, uma ferramenta de desenvolvimento territorial, em que promove uma valorização da região. Esse documento representa um marco para a região, que agora passará a ser reconhecida nacionalmente como produtora e provedora de cacau de qualidade.

Dentro do contexto SulBaiano, Cristiano San’tana, diretor da Associação Cacau Sul da Bahia, aponta que a Indicação Geográfica é um processo que vem sendo discutido há mais dez anos e nesse período, diversas ações voltadas para a sensibilização desse tema foram realizadas a fim de divulgar a importância dessa conquista.

Os seguintes municípios fazem parte da Indicação de Procedência de cacau no Sul da Bahia: Aiquara. Alcobaça, Almadina, Apuarema, Arataca. Aurelino Leal, Barra do Rocha, Barro Preto, Belmonte, Boa Nova, Buerarema, Caatiba, Camacan, Camamú, Canavieiras, Coaraci, Cravolândia, Dário Meira, Eunápolis, Firmino Alves, Floresta Azul, Gandú, Gongogi, Guaratinga, Ibicaraí, Ibicuí, Ibirapitanga, Ibirataia, Igrapiúna, Iguaí, Ilhéus, Ipiaú. Itabela, Itabuna, Itacaré, Itagi, Itagibá, Itagimirim, Itaju do Colónia, Itajuípe, Itamaraju, ltamari, Itambé, Itanhém, Itapé, Itapebi, Itapitanga, Itororó, Ituberá, Jaguaquara, lequié, Jiquiriçá, Jitaúna, Jucuruçu, Jussari, Laje, Maraú, Mascote, Mucuri, Mutuípe, Nilo Peçanha, Nova Canaã, Nova Ibiá, Nova Viçosa, Pau Brasil, Pirai do Norte, Porto Seguro, Potiraguá, Prado, Presidente Tancredo Neves, Santa Cruz Cabráiia, Santa Cruz da Vitória, Santa Luzia, São José da Vitória, Taperoá, Teolândia, Ubaíra, Ubaitaba, Ubatã, Una, Uruçuca, Valença, e Wenceslau Guimarães.

O Fórum do cacau celebra com toda a região mais essa conquista, que promete definitivamente colaborar com o desenvolvimento social, ambiental e econômico do nosso estimado território cacaueiro. 

Quer saber mais sobre assunto? Confira no vídeo:

Você pode também acessar: http://nit.uesc.br/ig/ onde você pode ter acesso à um banco de trabalhos com títulos relacionados a essa temática!

Texto assinado por : Camille Carradore 

Indicação Geográfica

Segundo o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), a Indicação Geográfica (IG) é usada para identificar a origem de produtos ou serviços quando o local tenha se tornado conhecido ou quando determinada característica ou qualidade do produto ou serviço se deve a sua origem. No Brasil, ela tem duas modalidades: Denominação de Origem (DO) e Indicação de Procedência (IP). A legislação brasileira prevê para produtos e serviços agropecuários duas espécies de proteção como Indicação Geográfica (Lei n° 9279/96 – LPI, artigos 177 a 179).
Aqui no Sul da Bahia, a Associação dos Produtores de Cacau do Sul da Bahia – ACSB, busca o reconhecimento para as amêndoas de cacau da região, presente em 83 municípios em uma área de aproximadamente 61.460 km².
Um dos fundadores do projeto e dono dos chocolates Maltez, José Maltez explica que os produtores de cacau buscam destacar o produto:
“É uma vantagem você ter o selo, o que garante uma qualidade padronizada frente aos outros cacaus e produtos advindos dele. O cacau produzido no Sul da Bahia tem característica própria, é produzido próximo da Mata Atlântica e conserva a biodiversidade e a fauna do local”, explicou Maltez.

A IG é uma alternativa para o desenvolvimento do território, contribuindo para a agregação de valor à cadeia produtiva e ao comércio local e regional, mas ela por si só não é capaz de desenvolver uma região, depende de outros fatores e deve estar aliada neste caso, por exemplo, ao turismo, pois irá compor a cesta de serviços oferecidos ao turista.

Além dessas vantagens a Indicação Geográfica promove inúmeros outros benefícios, sociais, ecônomicos e ambientais, como ilustrado na figura abaixo:

Principais resultados esperados:

Cenário econômico:

 Potencializar um produto e sua marca, exaltando suas características particulares fazendo deste algo diferente do standard (bulk), tendo um reconhecimento e valorização no mercado. Afirmando a qualidade do produto cacau regional;

 Aumento de arrecadação do ICMS, consequentemente do repasse aos municípios;

 Potencializar a economia regional e a atividade turística, devido a maior valorização do produto e a potencialização da fama e boa reputação regional.

Cenário ambiental:

 Motivar a preservação do sistema cabruca, este que preserva parte da floresta nativa em consorcio com o cultivo do cacau, preservando boa parte do eco sistema e da biodiversidade natural da Mata Atlântica no sul da Bahia.

Cenário cientifico e tecnológico:

 Difusão tecnológica facilitando o acesso a tecnologia e inovações a zonas rurais estagnadas em um processo produtivo defasado.

 Desse modo, a aprovação da Indicação Geográfica representa um marco para a nossa região, passando a valorizar um produto que tem um papel de extrema importância na nossa economia, história e cultura.

Sobre a ACSB:

Fundada em 15 de abril de 2014, para certificar a origem e procedência do Cacau Sul Bahia, controlando os critérios de qualidade e viabilizando programas para agregar valor à região, através de seus atrativos naturais, culturais e gastronômicos. É formada por representantes de 14 cooperativas, associações e instituições setoriais importantes para a cadeia do cacau e atualmente representa mais de 3000 produtores de cacau do Sul da Bahia.
E-mail: contato@cacausulbahia.org
Fontes: Correio 24hrs