Pesquisadores paraenses recebem capacitação em análise sensorial para cacau e chocolate

A técnica é considerada uma importante ferramenta de qualificação de cacau e chocolate finos competitivos no mercado

Nos últimos dias 11 e 12, pesquisadores do Centro de Valorização de Compostos Bioativos da Amazônia (CVACBA), laboratório da Universidade Federal do Pará (UFPA) instalado no Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá, em Belém, receberam uma capacitação focada na análise sensorial do cacau, ministrada por Adriana Reis, doutora em biotecnologia e gerente de qualidade do Centro de Inovação do Cacau (CIC), de Ilhéus, na Bahia, laboratório considerado referência nacional neste tipo de análise.

A ação integra a estruturação do Laboratório de Análise Sensorial do Cacau (Labsenso), o primeiro do tipo na Amazônia, previsto para ser inaugurado ainda este ano no CVACBA. Construído com recursos do Fundo de Desenvolvimento da Cacauicultura do Pará (Funcacau), o Labsenso emitirá certificações que atestem características como cheiro, odor, cor e textura dos produtos, além das exigidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o que permite que produtores de boas amêndoas possam conseguir preços mais justos por seus produtos no mercado internacional.

“Esta capacitação é uma etapa crucial, uma parceria muito importante que vai fortalecer o nosso laboratório. O CVACBA já faz a caracterização física e físico-química das amêndoas, agora com a análise sensorial, podemos trabalhar desde a amêndoa até o chocolate (bean to bar)”, explica o pesquisador e coordenador do Labsenso, professor doutor, Jesus Souza.

Gerente do Centro de Inovação do Cacau (CIC), de Ilhéus, Adriana Reis destaca a importância desse tipo de serviço para a valorização da produção do estado do Pará. “A parceria do CIC com o CVACBA fortalece a cadeia de cacau brasileira porque a gente começa a transferir e a deixar tecnologia dentro do estado do Pará, grande produtor nacional de amêndoas, com todo o potencial para ganhar cada vez mais o mercado internacional”.

A pesquisadora acrescenta que a capacitação de novos  profissionais neste tipo de análise contribui para o aumento da competitividade da cacauicultura no Brasil. “A gente está entrando em uma nova fase dentro do Brasil de qualificar os materiais genéticos, lotes que realmente tenham potenciais para se transformar em chocolate. Precisamos de mais profissionais que se qualifiquem nesse tipo de metodologia de avaliação sensorial de cacau ou chocolate para que a gente possa realmente ajudar os produtores de cacau do Brasil, principalmente os do Pará, a agregar valor, a ganhar prêmios internacionais. A análise sensorial é uma ferramenta que empodera o país e nos coloca dentro de uma nova condição no mercado internacional, com foco no aroma e no sabor”.

 Foto: Divulgação

Análise das amêndoas seleciona as melhores para a produção

 

Integração – A convite do CVACBA, pesquisadores do Instituto Federal do Pará (IFPA) e das Universidades do Estado do Pará (Uepa) e Federal Rural da Amazônia (Ufra), também participaram da capacitação, com vistas a parcerias futuras para fazer a integração entre pesquisadores destas instituições e pesquisas desenvolvidas no CVACBA.

 

Matéria original disponibilizada pelo site: https://www.agenciapara.com.br/noticia/23415

Acordo estimula inclusão geodigital em pequenas propriedades

A Embrapa Territorial e a Associação Parque Científico Tecnológico do Sul da Bahia (PCTSB) formalizaram acordo para ampliar o uso da tecnologia em desenvolvimento no projeto “Inclusão Geodigital e Gestão Territorial de Unidades de Produção de Base Familiar (IGGTS)”. Trata-se de um questionário geodigital proposto para gerar o índice multicritério de sustentabilidade de unidade de produção agrícola ou de forma coletiva (associações de produtores ou cooperativas), a partir da avaliação de cinco critérios (governança, ambiental, social, agropecuário e econômico). Nos próximos meses, a ferramenta entrará em fase de testes e validação com as comunidades amazônicas – público-alvo do projeto. Vencidas estas etapas, ela poderá ser ajustada para outras comunidades e sistemas produtivos do Brasil.

Para isso, o PCTSB é visto como um parceiro estratégico na evolução do processo de prototipação da ferramenta geodigital da Embrapa, e poderá auxiliar a inseri-la no mercado. O acordo firmado garantirá a primeira experiência com os produtores de cacau.

O parque está envolvido em projetos para promover o desenvolvimento regional da cacauicultura. Dentre seus parceiros, está a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), do Ministério da Agricultura. O polo conta também com um Centro de Inovação do Cacau (CIC), estrutura moderna de apoio à pesquisa e à inovação com o objetivo de construir, consolidar e difundir o conhecimento sobre o cacau e o chocolate de qualidade.

Cristiano Villela Dias, secretário-geral do parque, elogiou a expertise e atuação da Embrapa em nível nacional e acredita que essa cooperação poderá estender o alcance da PCTSB para outras regiões produtoras de cacau no país. “A cultura vem se espalhando, se expandindo em áreas em que a Ceplac não atuava e que Embrapa já atua”, disse.

O pesquisador João Alfredo Mangabeira, líder do projeto IGGTS, ressalta que a Embrapa levará um ferramental importante ao setor de cacau. Como ele observa, o produto poderá auxiliar as formas coletivas de produção no enfrentamento dos desafios e no alcance de metas de sustentabilidade, além de contribuir para a geração de serviços ecossistêmicos nacionais e globais. “Com esses critérios e seus indicadores, com o índice de sustentabilidade e outras avaliações pelo enfoque bioeconômico, é possível ajudar os agricultores a fazerem a gestão territorial no ponto de vista sustentável”, disse.

Mangabeira ressalta que existe uma forte exigência dos investidores e compradores por indicadores ambientais, sociais e de governança dos sistemas de produção agrícola. Nesse quesito, a ferramenta da Embrapa será estratégica para que os produtores de cacau adotem práticas sustentáveis e, com isso, tornem-se mais competitivos no mercado.

A parceria poderá abranger outras culturas. O parque também possui projetos em piscicultura, cultivos florestais madeireiros, exploração da biodiversidade e os ativos florestais. “Os geoindicadores são ajustáveis para outras culturas, e o parque, por envolver diferentes atores, pode abrir o horizonte para explorarmos estas outras práticas de cultivo”, disse Daniela Maciel, supervisora de Transferência de Tecnologia da Embrapa Territorial.

No âmbito desta colaboração, o Parque Tecnológico está estruturando um ambiente para receber pesquisadores da Embrapa. O espaço contará com sala de reunião, estrutura de internet, e será compartilhado com profissionais dedicados a projetos no sul da Bahia.

Convênio com a Embrapa

O acordo de cooperação técnica estendeu a parceria para todos os centros da Embrapa. “Essa ampliação é relevante porque o parque consegue envolver atores de diferentes instituições, com a capacidade de atrair recursos muito diferentes para a Embrapa. Esse pode ser canal para outras Unidades terem uma porta de entrada para projetos Tipo III e terem a possibilidade de desenvolver outras frentes junto ao parque”, disse Daniela Maciel.

Projeto IGGTS

O projeto recebe recursos do Fundo Amazônia e prevê a criação de um questionário geodigital – para tablet e celular – em observância dos indicadores de sustentabilidade definidos juntamente com representantes das comunidades amazônicas. O questionário será testado e validado no próximo ano em oficinas realizadas com jovens e filhos de pequenos agricultores amazônicos. A ferramenta está sendo criada como apoio à gestão das propriedades.

Parque Tecnológico

Formada em 2015, a Associação Parque Científico e Tecnológico do Sul da Bahia está localizada na microrregião de Ilhéus-Itabuna. É composta por instituições públicas (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira – CEPLAC, Instituto Federal da Bahia – IFBA; Instituto federal Baiano – IFbaiano; Universidade Estadual Santa Cruz – UESC; Universidade Federal do Sul da Bahia – UFSB); representantes de segmentos do terceiro setor e empresariais (Instituto Arapyaú; CEPEDI- Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico em Informática e Eletroeletrônico; o SINEC – Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos, Computadores, Informática e Similares de Ilhéus e Itabuna, ABAF – Associação Baiana das Empresas de Base Florestal; a FAEB-Federação de Agricultura do Estado da Bahia; AIPC – Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau) e de Governo (SECTI – Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia).

Embrapa Territorial (MTb 2625 CE)


Fonte: Embrapa Territorial

Linhares conta com filial do Centro de Inovação do Cacau (CIC)

Mais uma conquista importante para os avanços que a Prefeitura de Linhares tem buscado para melhoria da qualidade da amêndoa e retomada da produção de cacau: o município ganhou uma filial do Centro de Inovação do Cacau (CIC) que tem sede na Bahia. O CIC busca construir, consolidar e difundir conhecimento sobre o cacau e o chocolate de qualidade, com foco na melhoria da produtividade, qualidade e rastreabilidade das amêndoas. A instalação no município foi possível graças a uma parceria entre a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) e a Águia Branca Encomendas.

O secretário Municipal de Agricultura, Franco Fiorot, explicou que a prefeitura cede à Ceplac um técnico para recebimento das amostras de cacau que serão enviadas para Ilhéus-BA para análise, sem custo de transporte para o produtor. “As análises que os profissionais do laboratório do CIC fazem permitem mais detalhes da qualidade das amêndoas e isso permite ao produtor um retorno onde tem errado ou acertado e o que é necessário fazer para melhorar cada vez mais a produção. Estávamos há meses buscando essa parceria que faz parte de todo o processo de incentivo da prefeitura à qualidade e produtividade no município”, pontuou.

Os resultados obtidos no laboratório do CIC são registrados em um laudo entregue ao produtor e os dados colaboram com a abertura de novos mercados. “Essa parceria nos traz instrumentos para verificar a qualidade da amêndoa, mapeamento do produto no município e, também, permite uma conexão com o mercado comprador, visto que muitas empresas que compram hoje as amêndoas para fazer chocolate buscam diretamente o CIC para verificar os dados do produto”, destacou o prefeito de Linhares, Guerino Zanon.

Segundo o diretor científico do CIC, Cristiano Villela, o CIC e a Ceplac tem uma pauta bem definida de mapear a qualidade do cacau brasileiro, as suas origens, e Linhares como um dos polos produtores do Brasil, era um dos objetivos do CIC ter um centro de coleta para contribuir com esse mapeamento. “O CIC é estratégico em Linhares que é a principal região produtora de cacau do Espírito Santo. Esperamos que os produtores utilizem os serviços do CIC, porque o objetivo maior desse centro é fazer o link entre o mercado comprador de cacau de alto padrão, de alta qualidade com o produtor”, frisou Villela.

O diretor ressaltou que o CIC facilitará a qualificação do cacau e o produtor passará, a partir das informações em mãos, a entender qual o seu produto e negociar em diferentes mercados, principalmente no mercado de cacau especial, o cacau premium. “Esperamos com isso fortalecer a nossa parceria com a Prefeitura de Linhares, grande parceira, assim com a Águia Branca e a Ceplac, que se uniram para fortalecer a cadeia de cacau de Linhares, promovendo assim inovação e trazendo novos horizontes para a produção do fruto”.

Sobre o CIC
O Centro de Inovação do Cacau (CIC), inaugurado em março de 2017, trata-se de um laboratório dedicado para fazer análises de amêndoas de cacau, prestando serviços a produtores de variados portes e mesmo à indústria processadora. São testes de qualidade para detectar defeitos, classificar e avaliar a fermentação, medir o nível de acidez, percentual de gordura, índice de oxidação de gordura e vários outros. A partir de setembro, a ideia é ter também análises sensoriais e formulação de chocolates.

Para o mercado, o ganho é o monitoramento da qualidade do cacau brasileiro. Com laudos em mãos, os produtores de boas amêndoas podem pedir preços mais justos por seus produtos no mercado internacional, sem deixá-los cair no caldo grosso das commodities. Além disso, pode ser feito o controle dos lotes, de acordo com as variedades do cacau e o tipo de fermentação das amêndoas, detalhamento que já acontece no mundo do café especial.

Fonte: Prefeitura de Linhares

Fotos: Felipe Tozatto – Prefeitura de Linhares

Centro de Inovação do Cacau, Associação Cacau Sul Bahia e Rede de Agroecologia Povos da Mata

A convite da Rede Povos da Mata, através da articuladora Tatiane Botelho, Adriana Reis do Centro de Inovação do Cacau, e Cristiano Sant’ana da Associação Cacau Sul Bahia reuniram os agricultores da Rede Agroecologia Povos da Mata para compartilhar um pouco do conhecimento e experiências para o beneficiamento do cacau. Os agricultores Luciano e Rubens contaram pra gente um pouco sobre o que acharam desse dia e também as suas visões sobre as Instituições presentes e a importância delas para esse novo caminho que está sendo trilhado da produção de cacau de qualidade!

Confira mais fotos desse dia:

 

Linhares revela vencedores do 3º Concurso da Qualidade de Amêndoas do Cacau Capixaba

A Prefeitura de Linhares anunciou os vencedores do 3º Concurso da Qualidade de Amêndoas do Cacau Capixaba na noite dessa quarta-feira (21). Na “Categoria Linhares”, quem levou o título de campeão foi Caroline Burnier Pacheco, que representou o irmão Pedro Burnier, e o produtor Carlos Antônio Almenara Pelisson, do município de Conceição da Barra, conquistou o primeiro lugar na “Categoria demais municípios do Espírito Santo”.

As amêndoas da Fazenda Nova Alvorada, gerenciada pela família Burnier, também garantiram para Linhares o “Destaque Estadual” no concurso. O evento faz parte das comemorações dos 219 anos de fundação de Linhares celebrados nesta quinta-feira (22).

 

Pedro Burnier contou qual foi o seu diferencial de produção que permitiu a conquista do primeiro lugar em Linhares. “Produzimos cacau há cinco anos, e é a primeira vez que participamos desse concurso. Para nós é bastante importante, pois a nossa intenção sempre foi produzir uma amêndoa premium para fazer um chocolate melhor. E esse tipo de concurso nos dá informação e feedback de como está a nossa produção e o nosso processamento do cacau”, disse.

 

Vencedor na categoria demais municípios do Espírito Santo, Carlos Antônio Almenara Pelisson produz cacau há quase 30 anos, e destacou o que título representa. “Eu fico muito satisfeito de o Município dar a oportunidade para produtores de outras regiões. Então eu só tenho a agradecer à Prefeitura por isso. Participei da primeira edição do concurso e vou continuar nas próximas edições”, disse.

Premiação

O primeiro lugar de cada categoria recebeu o prêmio de R$ 3.000,00, o segundo R$ 2.000,00 e o terceiro R$ 1.000,00. A prova que definiu os vencedores foi a de degustação do chocolate produzido pela Ceplac na Bahia, com as amêndoas das propriedades classificadas, avaliados por Adriana Reis, do Centro de Inovação do Cacau; Albertus Bernadus Eskes, da TropMix; Igor Presotti Diniz, da Chocolates Garoto S.A.; e Neyde Alice Belo Pereira, da Ceplac, especialistas em qualidade de amêndoa de cacau.

 

 

 

O secretário Municipal de Agricultura, Franco Fiorot, ressaltou que esse ano o concurso bateu recorde de inscrições e pontuou as ações que o município vem desenvolvendo desde 2017 para fomentar a produção, principalmente nas propriedades de agricultura, que foram devastadas no passado com a doença vassoura-de-bruxa e aprimorar a qualidade do fruto no município.

“Criamos o Programa de Revitalização da Cultura Cacaueira, o Fundo do Cacau, realizamos o Simpósio de Qualidade, estamos fomentando a distribuição de 60 mil mudas de cacau revitalizando o viveiro da Ceplac e a parceria com o Senar para assistência técnica dos produtores que receberão essas mudas. Hoje, também foi inaugurado o Centro de Inovação do Cacau (CIC), uma parceria com a Ceplac e a Águia Branca Encomendas. São inúmeras ações que vem contemplando centenas de produtores de cacau aqui de Linhares fomentando a produção e a retomada da atividade”, frisou o secretário.

O prefeito de Linhares, Guerino Zanon, disse que a cada ano o concurso tem surpreendido em participação e resultados. “Em Linhares, as ações integradas têm resultado no aumento da qualidade do cacau e a terceira edição do concurso mostra que os produtores estão se habituando a melhorar as práticas de produção do fruto.

No 3º Concurso da Qualidade de Amêndoas do Cacau Capixaba só na “Categoria Linhares” foram 31 amostras inscritas e 19 na “Categoria demais municípios do Espírito Santo”, contando com participantes de 11 cidades capixabas. É uma realização da Secretaria de Agricultura, da Prefeitura de Linhares, Ceplac-ES, Chocolates Garoto, com a co-realização do Incaper, Sebrae, Faes/Senar/SRL, com apoio institucional da Acal, Apropeba, Coopercau, Centro de Inovação do Cacau (CIC) e a organização do Instituto Ampliê.

Confira os vencedores:

Categoria Linhares

1º lugar: Caroline Burnier Pacheco – 7 pontos

2º lugar: Arthur Luiz Magnago Heleodoro – 6.25 pontos

3º lugar: Dilson Rangel Vieira – 5.87 pontos

Categoria Demais cidades do Espírito Santo

1º lugar: Carlos Antônio Almenara Pelisson (Conceição da Barra) – 6.13 pontos

2º lugar: Carlos Tatagiba Martins (Alegre) – 6.0 pontos

Matéria: Prefeitura de Linhares.

Imagens: Felipe Tozatto – Prefeitura de Linhares

Dengo e Associação Cacau Sul da Bahia fazem parceria para Indicação Geográfica

A Dengo Chocolates e a Associação Cacau Sul Bahia firmaram uma parceria para certificação de Indicação Geográfica, que traz benefícios para os agricultores, garantindo a qualidade e rastreabilidade do cacau produzido na região.

Com a parceria, os produtores de cacau certificados pela IG Sul Bahia serão reembolsados de suas despesas com o selo de Indicação Geográfica no valor de R$ 5,60 a saca. O reembolso ocorrerá junto ao pagamento do lote adquirido pela Dengo. Este valor será adicionado ao prêmio de preço superior praticado pela marca.

Na parceria, ficou definido que só serão aceitos lotes com sacarias novas e/ou em perfeito estado, sendo identificadas com nome do produtor, número dos lotes e selo IG fornecido pela Associação Cacau Sul Bahia

O acordo Dengo/IG Sul Bahia unifica os critérios do Índice de Defeitos Totais aceitos pela Indicação Geográfica limitando-o a 3%, sendo 0% em fumaça. Além disso, a tolerância de amêndoas com presença de insetos passa a ser zero, tanto no laudo da análise do Centro de Inovação do Cacau, na Uesc, como no ato da entrega do lote à Dengo

“Essa parceria fortalece o nosso foco no estimulo à produção de amêndoas de cacau de qualidade, com alto valor agregado, trazendo grandes benefícios para os agricultores do Sul da Bahia, já que a Dengo vem investindo na produção de chocolates premium, ampliando a demanda pelo cacau certificado”, afirma o diretor executivo do Indicação Geográfica-IG Sul da Bahia, Cristiano Sant’Ana.

Fonte: Cacau e Chocolate

Assentamento Dois Riachões recebe Selo de Indicação Geográfica Sul da Bahia

O Assentamento Dois Riachões, em Ibirapitanga, é o primeiro empreendimento da agricultura familiar a receber o Selo de Indicação Geográfica Sul da Bahia, que garante a rastreabilidade do cacau certificado. O selo coroa um processo coletivo de investimento na qualidade das amêndoas e de toda a cadeia produtiva do cacau, respeito ao meio ambiente e melhoria das condições de vida dos agricultores.

Atualmente o Assentamento produz cerca de 20 toneladas ano de cacau de qualidade superior, vendido para empresas como Amma e Dengo, que atuam no setor   chocolates premium. Além disso, os agricultores participam dos circuitos de comercialização regionais e  do Programa de Aquisição de Alimentos- PAA Orgânico,  onde vendem  Nibs e Chocolates Orgânicos e hortifrutigranjeiros. Com isso, as famílias tem um aumento considerável de renda em comparação a produção convencional, num processo que já tem sido apresentado como exemplo em eventos nacionais e internacionais.

Além do Selo de Indicação Geográfica Sul da Bahia, o Assentamento Dois Riachões possui  certificação nacional  orgânica participativa  pela Rede Povos da Mata e internacional pela  Econsert,e também são certificados  com o Selo Slow Food, que incentiva o consumo de comidas saudáveis, sustentáveis e que preservam as tradições locais.

SUSTENTABILIDADE

O assentado Rubens Dário afirma que “a certificação fortalece ainda mais o trabalho que a gente vem desenvolvendo há três anos, é mais um marco que fortalece a agricultura familiar e a produção de cacau cabruca”.

O Assentamento Dois Riachões faz parte do CETA – Movimento Estadual de Trabalhadores Assentados, Acampados e Quilombolas.

“O assentamento é um exemplo de uma nova mudança de paradigma na produção de cacau e chocolate no Sul da Bahia, com foco na sustentabilidade e integração de toda a cadeia produtiva, servindo de inspiração para as pessoas que aqui vivem e trabalham”, afirma Cristiano Santana, coordenador executivo do Indicação Geográfica-IG Sul da Bahia. Segundo ele, “a Indicação Geográfica como marca de divulgação da região, aliado a organicidade da certificação orgânica participativa, é um  caminho para a agregação de valor e melhoria da qualidade de vida”.

O IG Sul da Bahia possui uma rede de cooperação formada pelo Sebrae e Sistema S, Uesc, Arapyaú, Centro de Inovação do Cacau- CIC/PCTSB, Ceplac e  Senar/FAEB, integrando oito cooperativas, sendo sete da agricultura familiar.

 

Fonte: Cacau e Chocolate